Encontrar fontes para as matérias pode ser uma tarefa difícil tanto para freelancers quanto para quem trabalha em uma redação. Esteja você buscando um especialista em um tópico específico ou apenas alguém para falar sobre suas experiências, pode dar trabalho encontrar fontes com credibilidade e representativas para a sua reportagem.
Felizmente, achar fontes hoje nunca foi tão fácil. Com recursos como a hashtag #JournoRequest no Twitter, encontrar a fonte ideal para a sua matéria pode ser tão simples quanto escrever um tuíte.
As pessoas normalmente tuitam um pedido específico por um especialista ou por pessoas com uma determinada experiência. Um tweet com a tag #JournoRequest pode incluir o seu prazo, o nome do veículo e como entrar em contato com você. A hashtag também permite que contas como PR & Journo Requests, Editorielle e Press Plugs fiquem sabendo que você precisa de ajuda para encontrar fontes.
Confira alguns truques para usar a #JournoRequest na sua busca por fontes.
Deixe as fontes virem até você
Quando você está nos estágios iniciais de uma matéria, a tag #JournoRequest permite que fontes em potencial achem você, decidam se gostariam de falar sobre o assunto que você está cobrindo e façam elas mesmas o contato.
É possível usar o Twitter para buscar fontes por meio do monitoramento de tópicos e palavras-chave ou observando como as pessoas estão interagindo online. Por exemplo, se você está cobrindo as reações ao anúncio de que uma celebridade está grávida, você pode achar posts relacionados ao tópico e entrar em contato. A tag #JournoRequest é uma ferramenta excelente para quando você não sabe bem quem seriam suas fontes ou como contatá-las.
O jornalista freelancer Grant Stoner usa com frequência o Twitter para buscar fontes para matérias sobre pessoas com deficiência. "Como as pessoas com deficiência usam as redes sociais para interagirem, eu raramente tenho dificuldade de encontrar vozes diversas", diz. "Eu só faço uma pergunta e vejo quem responde."
Stoner usa o Twitter e hashtags como #JournoRequest para encontrar pautas para o Washington Post, Wired, Can I Play That, IGN e Fanbyte. "É meu método preferido quando quero ouvir as pessoas", diz.
Ele sugere não abrir mão de ferramentas como a #JournoRequest mesmo se você for novato na profissão ou tiver poucos seguidores. "O lado bom das redes sociais é que você não precisa ter uma base grande de seguidores para conseguir respostas", diz. "Só é preciso que algumas poucas pessoas compartilhem seu post, colocando-o assim diante de uma audiência significativamente maior."
Livre-se dos bots e das sugestões de pauta
Usar hashtags no Twitter significa que você também está convidando estranhos para responderem aos seus tweets. Em alguns casos isso significa que você vai ser inundado com respostas de bots ou de assessores de imprensa.
Paul Armstrong, jornalista de tecnologia e fundador da TBD Conference, usa o Twitter como uma forma de encontrar pautas, potenciais contatos e fontes. Ele frequentemente precisa se livrar de respostas sem utilidade quando solicita alguma fonte. "Tem um fluxo de pessoas que simplesmente te sugerem algo que é vagamente relacionado, mas os botões de spam e de arquivar estão aí para isso", diz Armstrong.
O algoritmo do Twitter faz um bom trabalho de esconder bots automaticamente, mas não é perfeito. Por isso, é importante sempre checar as fontes que você encontra nas redes sociais. "Elas são verificadas? Têm uma boa bio? Compartilham links de fontes oficiais? Há quanto tempo estão no Twitter?", diz Armstrong, acrescentando que você deve tratar uma fonte do Twitter como você trataria qualquer outra.
As matérias de Armstrong, como esta na Forbes, frequentemente têm fontes encontradas com a hashtag #JournoRequest. Ele também usa o recurso para encontrar palestrantes para a TBD Conference. "Para mim, pelo menos, o Twitter é uma ferramenta de comunicação direta que chega diretamente até as pessoas via notificação ou email", diz.
Cate Lawrence, repórter sênior no The Next Web’s Shift, usa o Twitter para encontrar pautas e aprofundar suas matérias. Ela se certifica de verificar os usuários do Twitter seguindo-os no LinkedIn para checar sua identidade.
"Eu já conversei com pessoas que trabalharam para empresas como a Tesla e várias startups depois de segui-las no Twitter", diz. "Eu faço pedidos usando a #JournoRequest já que às vezes é difícil encontrar especialistas rapidamente no meu fuso-horário para uma matéria mais urgente."
Busque fontes com pontos de vista diversos
Para jornalistas como Stoner, que trabalha com tópicos sensíveis, como acessibilidade, a #JournoRequest pode ser usada como um termômetro do que pensa e sente a comunidade. Compilar tweets que reflitam um determinado ponto de vista, porém, não significa que eles são representativos de toda uma comunidade.
"Muitas das pessoas que respondem [meus pedidos] são sempre as mesmas, mas eu faço questão de escolher pessoas que nunca deram entrevista antes", diz. "Toda pessoa tem uma história para contar e se eu continuar escolhendo as mesmas pessoas, vou estar falhando em destacar o ponto de vista de pessoas com deficiência que tantas vivenciam diariamente".
De acordo com Armstrong, o melhor jeito de obter respostas úteis com a #JournoRequest é fazer um pedido bem específico, como este:
Além da #JournoRequest, estas são outras estratégias para usar no Twitter:
- Use #PRRequest para fontes corporativas
- Siga a @PRJournoRequest no Twitter
- Marque contas que possam ajudar
- Peça explicitamente que as pessoas retuítem o seu post, principalmente se você estiver buscando fontes fora do seu nicho normal de interação
Foto por Alexander Shatov no Unsplash.
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