Desde que o sistema bancário dos Estados Unidos desencadeou uma crise financeira global em 2007, os jornalistas foram acusados de falhar em cobrir a história cedo o suficiente. Os especialistas financeiros e até mesmo os jornalistas perguntaram se uma melhor cobertura da evolução econômica no início poderia ter motivado a ação política a evitar que a crise bancária se tornasse uma recessão mundial que forçou milhões de pessoas a perder seus empregos.
"Aideia [da conferência] foi trazer todos para uma salam fechar as portas e deixar que falassem os mais livremente possível", disse o diretor do EJC Wilfried Ruetten. Eles examinaram se os jornalistas podiam ou deviam ter previsto a crise.
Os jornalistas que cobrem os mercados financeiros estavam "muito perto" do tema, Ruetten disse. "Eles não deram um passo para atrás e olharam para o problema como um todo".
O chefe de redação da agência Bloomberg em Londres, Mark Gilbert, discorda e, no livro, defende a cobertura. "Eu afirmo que viimos sim a crise chegar. Comentamos sobre ela. Destacamos a crise e todos os sinais estavam lá de que se tratava de algo grande, mau e desagradável", ele disse.
O crítico de mídia Danny Schechter, apelidado de "dissecador de notícias", declarou que a crise financeira deveria ter sido coberta como uma história de crime e não financeira. Schechter é o autor de um livro sobre o tema.
"Se [os repórteres de crime] tivessem realmente reparado como estes golpes e esquemas estavam acontecendo, eles nos conscientizariam muito mais rápido do que os jornalistas financeiros", disse ele em um discurso na conferência.
Um estudo recente do Project for Excellence in Journalism do Pew Research Center lança luz sobre a questão de como a imprensa foi agressiva na cobertura da matéria nos Estados Unidos. O estudo conclui que, em geral, cerca de um quinto das matérias financeiras foram escritas por iniciativa dos jornalistas. Mas o grau de empreendimento do jornalista variou notavelmente dependendo do tema; temas maiores tendem a ter menos empreendimento por parte do jornalista, enquanto os menores tinham mais.
Isso, de acordo com Ruetten, é principalmente porque os jornalistas são pressionados por prazos curtos. "Muita da culpa cai com os pauteiros e editores-chefe", disse ele. "Eles deveriam ter visto tantos artigos pequenos chegando e perguntado: "Existe um problema maior por trás disso? "