O corte de custos nos principais meios de comunicação abriu portas para freelancers estrangeiros em todo o mundo. As oportunidades são maiores, mas continua a ser um campo altamente competitivo. Como os focas podem começar?
"Faça sua lição de casa antes de ir. Estude o seu destino. A web é essencial para a pesquisa pré-viagem", diz Jason Motlagh, que lançou sua carreira freelance na África Ocidental há uma década.
O premiado escritor, cineasta e fotógrafo reportou de mais de 50 países para publicações como Washington Post, National Geographic, Guardian e Economist. Ele é um bolsista do Pulitzer Center for Crisis Reporting International Reporting e ex-correspondente da Time Magazine no Afeganistão.
Ele cobre fortemente questões de direitos humanos: civis presos em zonas de guerra sem ajuda humanitária, trabalho infantil em fábricas estrangeiras que exportam para o Ocidente e migrantes correndo por suas vidas.
"O objetivo continua a ser o mesmo: procurar assuntos difíceis, pouco reportados e fazê-los ressoar o mais profundamente possível", afirma o freelancer em seu site.
A IJNet conversou com Motlagh para obter dicas sobre como se tornar um correspondente freelance de sucesso no mercado de mídia sob o ritmo acelerado de hoje. Ele organizou o processo em cinco categorias:
Versatilidade
"Isto é mais essencial para freelancers. Eu comecei como escritor, mas tenho interesse em tirar fotos. Isso me deu mais trabalho e me ajudou a ganhar força. Foi um bom negócio; [editores] não têm que contratar um fotógrafo. Ir para o vídeo foi uma progressão natural e necessária.
"Faço multimídia, vídeo, escrevo e produzo filmes. É essa versatilidade que me permitiu ficar no jogo por tanto tempo."
Crie sua marca
"Fazer freelance hoje significa estabelecer e promover sua própria marca. Faça um bom trabalho de forma consistente, demonstrando capacidade de informar em profundidade sobre questões importantes para você, mas também sobre uma ampla gama de assuntos e meios. Ter um site pessoal claro e envolvente que destaca o seu melhor trabalho e o torna acessível aos editores e ao público é essencial.
"Se o trabalho vale a pena fazer, vale a pena divulgar. Destacar-se e saber como promover o seu trabalho é importante: Twitter, Facebook e blogs ajudam a estabelecer a sua identidade e especialização."
Lugar
Conseguindo clientes
"Evite a frustração preparando com antecedência. Antes de ir para a África Ocidental, liguei para cerca de 20 editores estrangeiros. Alguns nunca retornaram minha ligação; uns disseram: "Boa sorte, garoto". Outros poucos disseram, 'OK, envie-me o que você tem'. Envie uma cópia do seu currículo e clipes mais recentes. Veja se eles têm um colaborador regular onde você está indo e se aceitam submissões.
"Todo mundo quer escrever para o Washington Post e New York Times, mas é importante no início ir com o que você tem. Aproveite todas as oportunidades e trabalhe para progredir até [conseguir] melhores publicações de calibre. A audácia é essencial para ter sucesso independente no exterior."
Finanças
"Antes de ir, tente ter uma ideia do que provavelmente vai gastar a cada mês. Não espere um fluxo de caixa imediato de trabalho na chegada. Dê-se uma reserva do orçamento de dois meses para mantê-lo antes de começar a vender matérias. Frequentemente, os freelancers trabalham para as publicações especializadas mais mundanas para pagar as contas.
"Verifique que indústrias ou os recursos são prevalentes em seu país de alvo e envie pautas para jornais especializados, boletins de notícias e mídia online. Você também pode fazer contribuições para a NPR, blogar para o Slate.com, fazer filmagens para TV ou escrever matérias para uma revista de viagens. Pessoas versáteis têm potencial quase ilimitado."
Imagens cortesia de Jason Motlagh