O ano de 2013 foi movimentado para a equipe de redes sociais do New York Times. Sua conta no Twitter, @NYTimes, aumentou em mais de 5 milhões de seguidores, e o jornal contratou três novos editores para acomodar o fluxo.
Com o engajamento nessa escala --a conta tem mais de 10 milhões de seguidores-- uma mistura de sucessos e fracassos sempre acontece. A equipe de mídia social examinou o que fez e não deu certo no ano passado, e Michael Roston, o editor de redes sociais, compartilhou as lições do ano em um post no Nieman Lab.
A equipe usou SocialFlow para acompanhar os tuites mais bem sucedidos do ano em termos de cliques e retuites, e aprendeu estas lições:
- Mantenha-se em sintonia com as diretrizes da sua organização para notícias urgentes
"Quanto mais preparados somos com protocolos claros em relação a como nossos esforços no Twitter correspondem à cobertura global do Times de uma notícia em desenvolvimento, melhor fazemos [nosso trabalho]", escreveu Roston.
Os seguidores do Twitter usam o feed de notícias para as atualizações de últimas notícias mais do que qualquer outra coisa, Roston disse, então, a equipe conecta todos os tuites de atualização a reportagens já aprovadas pelos editores da redação, e muitas vezes retuita repórteres que trabalham na história. Ao seguir essas diretrizes com cuidado, o Times evitou grandes erros no Twitter durante o desenvolvimento da notícia sobre as bombas na maratona de Boston. A cobertura dos ataques foi uma das histórias mais clicadas e retuitadas do ano, juntamente com o conflito sírio, o ataque terrorista no shopping Westgate no Quênia e outras notícias importantes.
- Dê liberdade aos jornalistas de tuitarem suas próprias notícias
Quando os repórteres do Times dão um furo, eles são autorizados a dar a notícia no Twitter a partir de suas contas pessoais. O @NYTimes frequentemente retuita essas contas e a equipe de rede social observou envolvimento pesado entre os seguidores do Times e esses tuites exclusivos.
"Deixar que nossos repórteres de confiança forneçam algumas notícias primeiro ajuda a conectar diretamente com um público interessado e proporciona notícias em tempo hábil, sem sacrificar o nosso compromisso com a precisão", escreveu Roston.
- Aproveite seu público para estender a sua narrativa
Para oferecer ao seu público informações de fundo sobre notícias proeminentes, a equipe de mídia social coordenou sessões de perguntas e respostas no Twitter com os repórteres, tendo as contas institucionais do jornal moderando essas discussões. Por exemplo, a conta @nytimesworld reuniu perguntas dos leitores sobre a crise política no Egito para o repórter David D. Kirkpatrick responder.
"O uso do Twitter desta maneira mostrou-se altamente acessível a um público crescente do Times. Foi também mais fácil de seguir do que as sessões de perguntas entre jornalistas e leitores individuais usando o Twitter para falar diretamente com eles sem um agente intermediário," Roston escreveu.
- Evite tuites automáticos se possível
Embora a equipe tenha obtido algum sucesso com os tuites automáticos, como com o seu segundo tuite mais clicado do ano sobre a morte do ator James Gandolfini, eles tentam fazer esta uma exceção à regra. Durante um fim de semana, quando a equipe configurava a conta para enviar tuites automáticos, um tuite errado entrou no fluxo do Twitter e foi divulgado por um par de horas antes que pudesse ser corrigido.
E até mesmo um pequeno ajuste editorial a um tuite automatizado pode vir a ser um artigo muito mais popular de conteúdo do que apenas publicar a manchete da matéria com um link. "O Twitter é uma plataforma que ajuda a estender o jornalismo do Times a um público que nem sempre é o mesmo que aquele que visita nosso site diretamente. Quando nós correspondemos nossas matérias ao meio, fazemos o melhor trabalho possível em nos conectar com esse público", Roston escreveu.
- Opte por maior clareza em vez de esperteza
"Os leitores não clicam ou retuitam quando somos espertos tanto como quando respondem aos tuites que descrevem claramente o cerne das matérias que apontam", escreveu ele. A equipe observou uma resposta mais consistente de seguidores da conta quando foi simples e direta, em vez de esperta ou tímida, porque esses tuites são "em última análise recompensados pelo interesse substancial do leitor."
- Se funcionou na primeira vez, use novamente
Muitos gerentes de comunidade agendam retuites de conteúdo da semana para postar automaticamente durante o fim de semana, ou para aqueles que possam ter perdido a primeira vez ou porque o conteúdo provou ser popular. O Times descobriu que tuites programados no sábado e domingo, na verdade, arrecadam um número significativo de cliques.
"O que isso significou para nós foi que uma história que foi de grande interesse para os leitores em uma tarde na terça-feira é provável que seja de interesse para os leitores naveando no Twitter em um sábado à noite, que não a viram na primeira vez", escreveu Roston .
Mas Roston advertiu aos editores para estarem atentos ao tipo de conteúdo que decidirem reciclar. Uma matéria empreendedora pode ser uma melhor candidata para ser tuitada novamente do que uma notícia de última hora com um tempo de vida mais finito.
Margaret Looney escreve sobre as últimas tendências de mídia, ferramentas de reportagem e recursos de jornalismo.
Imagem sob licença no Flickr via Garrett Heath