Jornalistas estão sempre concorrendo a alguma coisa, à procura de um bom emprego, bolsa no exterior ou concurso de reportagens.
Muitas dessas oportunidades exigem cartas de recomendação, o que é um ponto sensível para os recomendadores e candidatos.
No entanto, existem várias maneiras de tornar o processo menos chato e a carta mais poderosa.
Aqui estão quatro dicas para ter em mente ao solicitar uma carta de recomendação:
1. Escolha alguém que conhece o seu trabalho
"Percebo que às vezes as pessoas tendem a procurar alguém no topo de uma organização, mas essa pessoa não conhece muito bem seu trabalho", disse Patrick Butler, vice-presidente de programas do Centro Internacional para Jornalistas (ICFJ, em inglês).
Embora pareça que uma carta de recomendação de alguém com uma posição elevada pudesse ter mais peso, isso na verdade tende a funcionar contra a sua inscrição porque a carta tende a ser fraca e genérica.
Patrick sugere que escolher alguém menos importante da organização mas com um conhecimento profundo e pessoal do seu trabalho é na verdade muito mais poderoso.
"Prefiro receber uma recomendação personalizada de um gerente ou colega cujo nome eu não reconheço do que uma recomendação genérica de Jeff Bezos", disse Jacqueline Strzemp, diretora de programas do ICFJ.
2. Encontre conexões
"Se eu conheço a pessoa que está recomendando o candidato, isso me dá muito mais confiança no candidato", disse Patrick.
Use o LinkedIn, Facebook ou outros sites de redes sociais para encontrar conexões entre as pessoas na posição para a qual você está se candidatando e as pessoas na sua própria rede. Você pode se surpreender com as conexões encontradas e fortalecer sua carta de recomendação.
3. Facilite o trabalho do seu recomendador
Rosental Alves, professor de jornalismo da Universidade do Texas, em Austin, disse que o maior erro que ele vê dos estudantes que pedem uma carta de recomendação é enviar um e-mail curto sem fornecer nenhuma informação específica.
Isso inclui qualquer coisa relevante que possa ajudar seu recomendador a escrever a carta. Sobretudo, forneça seu currículo, a descrição do cargo ao qual você está concorrendo e exemplos de trabalho recente.
“Eu sempre gosto de ver destaques e pontos importantes de sua carreira ”, acrescentou Rosental.
Fornecer uma lista curta, precisa e atualizada de suas realizações garante que o seu recomendador terá uma visão abrangente de suas qualificações, mesmo que alguns detalhes sejam deixados fora da carta em si.
Lembre-se de que pessoas como Patrick e Rosental recebem muitos pedidos de cartas de recomendação, por isso é importante tornar o processo o mais simples possível.
"É muito trabalho, mas queremos ajudar", disse Rosental. "Eu aprecio quando as pessoas me ajudam a ajudá-las."
Esteja ciente de quanta informação está enviando para não exagerar. Embora o maior erro dos candidatos seja não enviar nenhuma informação, o envio excessivo também pode ser prejudicial. Faça algum trabalho antes do tempo para determinar o que é mais relevante e inclua-o no seu pedido de referência.
Prêmios ou experiências não relacionadas à posição ou à bolsa de estudo à qual você está se candidatando devem ser deixados de fora.
"Procuro informações diretamente relacionadas ao que a pessoa está solicitando", disse Jacqueline. "Eu vejo se o recomendador explica exatamente por que essa pessoa específica se encaixaria na posição que pretendo preencher."
4. Dê tempo para a recomendação
As pessoas são ocupadas. É importante fazer o pedido da carta de recomendação o mais cedo possível. Assim que você encontrar uma oportunidade que exija uma carta de recomendação, compile seus materiais e entre em contato com suas referências.
Uma carta de recomendação pode fazer ou derrubar uma candidatura, mas não precisa ser um problema. Siga estas dicas para facilitar o processo para você e o seu recomendador.