Série destaca organizações de jornalismo: NAHJ, AAJA, NABJ e NAJA

por Terrance Smith
Oct 30, 2018 em Jornalismo básico

Esta é a terceira parte da série da IJNet sobre organizações de jornalismo. Você também pode ler a primeira parte e a segunda parte. 

Neste artigo, a IJNet foca em organizações de jornalismo focadas em comunidades minoritárias nos Estados Unidos. Estas incluem a Associação Nacional de Jornalistas Hispânicos (NAHJ, em inglês), a Associação Asiática-Americana de Jornalismo (AAJA, em iornalismo), a Associação Nacional de Jornalistas Negros (NABJ, em inglês) e a Associação Indígena de Jornalismo (NAJA, em inglês).

Abertas a qualquer pessoa

Um equívoco comum sobre essas organizações é que são abertas apenas para as comunidades minoritárias que atendem. No entanto, BA Snyder, porta-voz da NAHJ, disse que a organização está aberta a todos.

"[A NAHJ] tem um valor educacional para aqueles que não são latinos ou hispânicos. [Nós] queremos pessoas de todas as raças na organização", disse ela. "Queremos garantir que a cobertura de latinos nas notícias seja precisa e justa. 

As conferências oferecem uma oportunidade para jornalistas de todas as etnias aprenderem sobre essas organizações. A NAHJ está trabalhando para tornar suas conferências mais inclusivas internacionalmente, especialmente para jornalistas de países latino-americanos.

A AAJA também está querendo expandir internacionalmente. De acordo com a presidente nacional, Yvonne Leow, o capítulo da AAJA na Ásia é um dos que mais cresce. Este ano, sua conferência anual New.Now.Next, conhecida como N3Con, será realizada em Hong Kong. A conferência abordará tópicos como blockchain e inteligência artificial, concentrando-se em mudar as técnicas de narrativa na era digital.

Há também membros da NABJ em todo o mundo, e atender às suas necessidades é uma prioridade para a organização, disse a presidente do NABJ, Sarah Glover. Em abril, a NABJ formou uma parceria com a Rede de Renascimento e Diáspora Africana e está trabalhando com a organização para planejar uma viagem de estudos no Senegal e na Gâmbia.

Trabalhando para mudanças

No final de 2017, pesquisadores da Sociedade Americana de Editores de Notícias conduziram uma pesquisa nas redações dos EUA. Eles descobriram que as pessoas de grupos minoritários formavam apenas 16,6 por cento das equipes da redação. Como resultado, uma grande parte do trabalho do NABJ, NAHJ, AAJA e NAJA foca em defender uma maior representação na redação.

"Enquanto a população se torna mais negra e morena, a cobertura da mídia e as equipes de redação não refletem adequadamente essas mudanças demográficas", disse Glover, "e as redações também não estão preparadas para mais mudanças nos próximos anos."

Ao advogar por comunidades marginalizadas, essas organizações visam aumentar a representação em redações e prevenir discriminação, o que contribui para uma cobertura mais justa e precisa.

"Como organização, a missão [da NAJA] é apoiar e defender jornalistas indígenas para garantir que a experiência indígena seja compartilhada", disse Darren Brown, membro do conselho de diretores da NAJA. “Isso significa obter jornalistas indígenas talentosos na frente das câmeras e nas redações.”

Como a NAJA, a NABJ está interessada em conseguir mais jornalistas de grupos minoritários nas equipes de redação. Uma delas é através de uma feira de trabalhos durante sua convenção anual, que é uma das maiores convenções de jornalismo minoritário do país.

Quando narrativas mais diversificadas são apresentadas na mídia, ninguém tem que carregar o fardo de falar em nome de uma comunidade inteira. Brown espera que uma representação crescente alivie parte dessa carga.

"Quando se trata de assuntos como o time de futebol de Washington e o time de beisebol de Cleveland [que têm um índio como mascote], [muitas pessoas veem] todos os índios como uma tribo", disse Brown. "Toda vez que você fala, está representando sua tribo, outras tribos e tribos que nunca encontrou."

Encorajando a próxima geração

Uma forma eficaz de aumentar a diversidade nas redações, reduzir a discriminação e promover uma cobertura mais precisa é oferecer apoio a jornalistas de minorias desde o início de suas carreiras.

Construir uma ponte entre jornalistas que já trabalham na indústria e aqueles que estão se formando no jornalismo pode ser um desafio, mas essas organizações têm programas que tentam fazer exatamente isso. Cada organização permite que estudantes se tornem membros e oferece oportunidades para eles se conectarem com os líderes atuais da redação.

A AAJA também reconhece que a baixa representação não se limita às redações, e também ajuda a treinar a próxima geração de empreendedores da mídia. Em novembro, a organização lançou o Catalyst, um programa de três dias com workshops, painéis e sessões individuais voltados para grupos minoritários que querem aprender como lançar seus próprios projetos de mídia.

Para promover um maior envolvimento da mídia, Brown ocasionalmente fala com estudantes das comunidades indígenas para garantir que eles entendam a importância de serem os únicos a contar suas próprias histórias.

"Se você não está lá para defender sua história, então sua história não é contada ou outra pessoa conta", disse Brown.

Para mais informações sobre a NAHJ, AAJA, NABJ e NAJA, visite seus websites.

Imagem sob licença CC no Pixabay via USA-Reiseblogger