Jornalistas de todo o mundo estão se esforçando para cobrir o mais mortal surto de Ebola da história, que está assolando a África Ocidental.
No dia 27 de julho, a Organização Mundial da Saúde, em parceria com os Ministérios da Saúde da Guiné, Serra Leoa, Libéria e Nigéria, anunciou um total cumulativo de 1.323 casos suspeitos ou confirmados da doença do vírus Ebola e 729 mortes.
Descoberto pela primeira vez em 1976, o Ebola é um vírus altamente infeccioso que leva a sintomas semelhantes aos da gripe e hemorragia interna grave. É transmitido através de contato próximo com o sangue ou outros fluidos corporais de uma pessoa infectada. Para aqueles que contraem o vírus, a taxa de sobrevivência é muito baixa; entre 60 e 90 por cento das pessoas que contraem o Ebola morrerão da doença.
Para os jornalistas no campo cobrindo a história, os riscos são altos. "Você realmente não pode controlar onde você está ou o que fazer para evitar ser infectado", disse à revista TIME o fotógrafo espanhol Samuel Aranda, que estava em missão para o New York Times na Guiné na semana passada. "Foi assustador e triste."
Os governos, mesmo onde existem poucos casos ou nenhum, estão com dificuldades para impedir a propagação do vírus, para o qual não há cura. Na Nigéria, as autoridades estão procurando pessoas que possam ter tido contato com a única vítima do país até o momento, mas "a preocupação maior agora é a preparação para a gestão de crises", Cece Fadope, bolsista do Knight International Fellowship do Centro Internacional para Jornalistas, disse à IJNet.
Infraestrutura fraca de saúde, falta de profissionais disponíveis para o tratamento de pacientes e o medo ou desconfiança dos trabalhadores de saúde estrangeiros podem aumentar a propagação da doença. Devido à forma como o Ebola é contraído, familiares e profissionais de saúde próximos estão em maior risco.
Se você está na cena de um surto ou reportando de longe, aqui estão alguns recursos para consultar enquanto a situação evolui. Por favor, compartilhe recursos adicionais nos comentários abaixo.
Informação de contexto útil e fontes de reportagem
A Organização Mundial da Saúde (OMS) tem uma série de recursos úteis, incluindo uma abrangente ficha técnica (disponível também em árabe, chinês, francês, russo e espanhol), recursos de alerta e resposta, notícias do surto da doença e mais.
Os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, em inglês) nos Estados Unidos também estão apresentando informações completas sobre o Ebola, bem como mais informações frequentemente atualizadas e um mapa sobre os surtos atuais.
Do Reino Unido, o Centro de Mídia de Ciência tem uma lista de informações sobre o Ebola, também disponível em PDF.
A Saúde Pública da Inglaterra tem uma página com informações sobre o Ebola disponível, incluindo um gráfico e mapa de surtos.
O Instituto Nigeriano de Pesquisa Médica, o maior centro de pesquisa médica da Nigéria, tem um site com fatos sobre o vírus Ebola.
Redes sociais e atualizações ao vivo
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O Telegraph também lançou um feed ao vivo feed de notícias relacionadas com o surto, incluindo gráficos, multimídia e notícias constantemente atualizadas.
Jessica Weiss é uma jornalista freelancer com base em Bogotá, na Colômbia.
Imagem cortesita da EU Humanitarian Aid and Civil Protection sob licença Creative Commons