Ninguém deu contar de ir em todas as mais de 200 sessões da NICAR 2015, em Atlanta, na semana passada --só mesmo com um vira-tempo de Hermione Granger. Mas se você de alguma forma conseguiu assistir a tudo, aprendeu uma nova dica, app ou grande ideia de quase cada sessão.
A conferência ofereceu algo para todo mundo que usa dados e tecnologia para o jornalismo investigativo, como se poderia esperar de um evento organizado pelo Investigative Reporters & Editors (IRE). Houve sessões de tecnologia, aplicativos e de como lidar com dados, além de discussões sobre o perigo de cair nos assustadores buracos negros criados por grandes dados.
Um painel sobre interatividade, moderado por Robert Hernandez da Escola Annenberg de Comunicação e Jornalismo, examinou quando oferecer conteúdo interativo. Entre os painelistas estavam Melissa Bell da Vox, Trina Chiasson da Infoactive e Mariana Santos da Fusion, que é JSK Knight Fellow na Universidade Stanford e foi bolsista do Knight Fellowship do ICFJ.
- "Você tem que ser esperto sobre quando dizer não", disse Melissa, dando o pontapé inicial sobre um tema que permeou a discussão. Especificamente, ela advertiu que as redações devem resistir à tentação de criar muitas interativos, o que pode empurrar um projeto fora do trilho e fora da programação. Como redações podem fazer escolhas inteligentes? Certifique-se de que todos, especialmente editores, estejam envolvidos no início das decisões de conteúdo grandes, disse ela.
- Nem todos os gráficos são ou podem ser interativos, Trina observou. Quando se trabalha com dados simples, sugeriu ela, pergunte a si mesmo se é apropriado que o usuário visualize os dados ao passar o mouse por cima ou se é melhor simplesmente adicionar os números diretamente no gráfico. Os interativos funcionam melhor quando dão aos usuários várias opções para a visualização de dados, disse ela.
- Mariana disse a Fusion está usando gaming como uma maneira de atrair a geração do milênio às notícias. Por exemplo, alguns interativos da Fusion permitem que os usuários escolham seus próprios caminhos em uma matéria. Dependendo das decisões do usuário, a experiência e os resultados serão diferentes. Outra abordagem permitiu aos usuários sentir a experência de "andar nos sapatos" do personagem principal da matéria.
Falando da plateia, Brian Boyer, editor visual da NPR, ofereceu a sua própria dica: "Não despeje tudo em um interativo", disse ele. Brian recomendou trabalhar em um bom aplicativo que pode ser usado em mais de uma história. Dessa forma, você começa a saber o que funciona e depois aproveita isso de projeto para projeto. "Isto é como construir um conjunto de obra que, cumulativamente, fica melhor", disse ele.
Melissa concordou, dizendo que medidas únicas não são a resposta ao criar interativos. Em vez disso, é melhor construir algo que atraia o público para retornar a um site ou uma matéria para ir mais a fundo ou ver dados atualizados.
Para mais dicas do NICAR15, clique aqui (em inglês).
Imagem principal sob licença CC no Flickr do Idaho National Laboratory