Jornalista do mês da IJNet: Grace Ekang

por IJNet
Oct 30, 2018 em Diversos

A cada mês, a IJNet apresenta um jornalista internacional que exemplifica a profissão e usa o site para promover sua carreira. Se você gostaria de ser apresentado ou quer nomear uma pessoa, envie um e-mail com uma curta biografia (menos de 150 palavras) e um parágrafo sobre como usa os recursos da IJNet até 20 de agosto aqui.

A jornalista deste mês, Grace Ekang da Nigéria, achou quatro bolsas através da IJNet, que, segundo ela, ajudaram a conseguir seu trabalho atual.

IJNet: Onde você trabalha atualmente? Onde você já trabalhou no passado?

Grace Ekang: Eu sou do estado de lbom Akwa, no sul da Nigéria, mas nasci, estudei, vivi, e cresci no estado de Rivers também na região geopolítica sul da Nigéria.

Sou neste momento chefe do departamento/correspondente do Delta do Níger para a Channels Television, em Lagos, na Nigéria.

IJNet: Como você usa a IJNet?

GE: Através do site da IJNet, eu consegui a bolsa Foster Davis Fellowship for African Journalists em 2004, a bolsa do Thomson Reuters Foundation em 2008, a bolsa do RNTC em 2010 e o New England Center for Investigative Reporting em 2011. Este site me ajudou a conseguir a posição que tenho hoje.

Também estou atualmente concorrendo a fundos para treinar mulheres jornalistas na região onde o trabalho na Nigéria e estou em uma lista de espera para um próximo programa de bolsas na Inglaterra que eu encontrei através da IJNet.

IJNet: Como você começou no jornalismo?

GE Eu me inspirei na minha contribuição como membro do clube de publicação de um jornal na escola secundária ... Lembro-me de diversas ocasiões em que atuei como âncora, enquanto um estudante, meus pais e colegas ficaram muito orgulhosos de mim e no final ganhei um apelido. Eu cresci querendo ser âncora e repórter. Fiz amizade com pessoas muito mais velhas ,homens e mulheres, que eram meus ídolos desde então.

Sempre saia de casa para me juntar a eles para trabalhar, mas não sem o conhecimento de meus irmãos, para conhecer e ver o que estavam fazendo atrás das câmeras e microfones. Embora eu tivesse trabalhado fora do jornalismo após me formar na faculdade, comecei minha carreira profissional há 15 anos em um jornal cristão chamado Revelation , depois fui para a revista Spiral, e trabalhei meio período na revista Tell em Port Harcourt, na televisão por cabo CTL. Estudei no jornalismo profissional depois me graduei em ciência política com especialização em administração pública e agora sou correspondente no bureau do Delta do Níger no Channels Television em Lagos, na Nigéria. Acredito que vou ancorar o noticiário um dia.

IJNet: Como você tem ideias de pauta?

GE: Eu acredito que nossas vidas diárias e atividades por si só dão histórias o suficiente . Eu tiro tempo para me sentar onde há um monte de histórias a serem contadas como em um bar, e leio jornais diários para notícias que precisam ser acompanhadas, pesquiso organizações onde fiz meus estágios, e também olho notícias do boletim da IJNet especialmente se for um relatório de pesquisa como o que estou trabalhando agora. Eu também uso sites de redes de mídia social e comparo ao contexto de nossas questões nacionais semelhantes.

O ambiente onde vivi e cresci dá matéria o suficiente e um monte de histórias de interesse humano -- desde saúde, a pobreza, a qualquer forma de reportagens ambientais -- que ganhou as manchetes internacionais por décadas.

IJNet: Qual é o seu maior orgulho no trabalho até agora?

GE: Meu maior orgulho até agora é o próximo programa de treinamento que desenvolvi para mulheres jornalistas na região onde vivia e trabalhava para dar o que eu aprendi em parceria com algumas escolas onde estudei.

Em meu trabalho como repórter, é uma reportagem política sobre o governador do Delta do Níger, que foi apedrejado por jovens raivosos, enquanto ele estava fazendo um discurso público de boas-vindas ao presidente nigeriano. Os jovens disseram que não estavam satisfeitos com sua administração. Em uma reportagem de seguimento mais tarde, os jovens pediram desculpas ao governador e prometeram diálogo com o governo ao invés de violência.

Foi o meu melhor porque a mídia de propriedade do governo não podia por no ar aquela reportagem, porque o governador estava atualmente no cargo. Embora uma transmissão ao vivo do evento tenha sido filmada por uma emissora de TV do governo e a transmissão rapidamente desligada. Enquanto isso, eu fiz uma reportagem ao vivo no local e meu editor de notícias ficou tão satisfeito que tínhamos o visual para uma transmissão. Talvez, se eu estivesse em uma TV estatal, não teríamos feito essa reportagem.

IJNet: Que conselho você daria a quem aspira ser jornalista?

Eu me compromei em me atualizar profissionalmente à minha custa, fazendo cursos em todas as áreas do jornalismo, independentemente de editorias, desde vídeo digital a jornalismo online, impresso ou redes sociais. Comecei com jornalismo impresso, avançando para revistas e agora TV. Jornalismo é baseado em compromisso e dedicação.

É um serviço abnegado à sua sociedade e comunidade. Como a voz dos sem voz e como cães de guarda do público, a primeira prioridade para os mais jovens na profissão deve sempre ser colocar a ética da profissão em primeiro lugar.

Sendo o quarto após o terceiro nível de governo na hierarquia social, os jornalistas devem ser objetivos, transparentes, honestos, verdadeiros e imparciais, a fim de navegar até o topo e fazer um nome para si. Eles devem ter tempo para fazer pesquisa para suas reportagens, não importa quanto tempo tem antes da publicação... Os jornalistas falam pela sociedade e devem fazer o melhor, evitando o jornalismo confrontacional que representa um perigo muito sério para a vida do repórter...

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