Jornalista do mês da IJNet: Chama Darchoul

por Dana Liebelson
Oct 30, 2018 em Jornalista do mês

A cada mês, a IJNet apresenta um jornalista internacional que exemplifica a profissão e usa o site para promover sua carreira. Se você gostaria de ser apresentado, envie um e-mail com uma curta biografia e um parágrafo sobre como usa os recursos da IJNet para Dana Liebelson, dliebelson@icfj.org até 20 de maio.

A jornalista deste mês é Chama Darchoul, uma jornalista online de Salé, Marrocos.

IJNet: Onde você trabalha atualmente? Onde você já trabalhou no passado?

Chama Darchoul: Trabalho para uma estação do Mediterrâneo chamado Medi1 Rádio. Baseia-se em Tânger, norte do Marrocos e faz transmissão de notícias em árabe e francês há 30 anos. Sou a editora de Web e também trabalho lá como jornalista online.

No passado, eu trabalhava como correspondente de Marrocos para o Al Jazeera Talk, que é baseado no Qatar. É gerido por jovens jornalistas do Al Jazeera. Eu também trabalhei como repórter internacional para o Alray News. Cobri questões sociais, políticas e culturais em diferentes países. Finalmente, tenho trabalhado como editora de Web para o Media Diversity Institute, sediado em Londres.

IJNet: Como você usa a IJNet?

CD: Eu uso a IJNet para aprender sobre o campo em mutação da mídia, notícias de mídia digital e pesquisar para programas de treinamento, bolsas e ofertas de emprego. Através da IJNet, participei de treinamentos no Líbano -- para mulheres árabes interessados ​​em novas mídias -- e no Instituto Sueco em Estocolmo, onde aprendi sobre o uso de ferramentas de mídia social.

IJNet: Você trabalhou em um campo diferente antes do jornalismo?

CD: Sim, eu comecei a minha carreira como professora de história e geografia para alunos do ensino secundário. Após três anos de ensino, entrei na [Discovery Channel Global Education Partnership] (http://www.discoveryglobaled.org/), sediada em Washington, DC, como gerente de projeto. Para este projeto, criei cinco centros de aprendizagem em escolas primárias em Marrocos e treinei cerca de 100 professores para se tornarem instrutores. O objetivo do projeto foi capacitar professores para usar os documentários do Discovery Channel como ferramentas de educação.

IJNet: Quando você descobriu que queria ser jornalista?

CD: Da escola primária à universidade, meus professores e professoras me diziam que eu tinha uma boa voz para rádio e um bom estilo de redação. Por isso, foi principalmente esses professores que me inspiraram a entrar no jornalismo.

IJNet: Como você começou?

CD: Não foi fácil. Em 1997, quando eu comecei meu bacharelado, fui incapaz de entrar no instituto público para jornalismo em Marrocos. Então, decidi estudar sociologia porque eu achava que era semelhante ao jornalismo -- ambos apoiam os direitos humanos e um dos meus sonhos era servir à humanidade.

Depois que eu comecei o meu bacharelado, eu tentei novamente se candidatar a um mestrado em jornalismo no mesmo instituto. Infelizmente esse ano o diretor decidiu cancelar o programa. Então novamente eu fui forçada a estudar outra coisa, desta vez me candidatei a um mestrado em geografia humana. Eu ainda queria estar envolvida com rádio, por isso quando me tornei professora, lancei um clube de rádio na escola.

Eu finalmente me juntou ao mundo do jornalismo em 2007, quando fui escolhida para o treinamento em jornalismo no Qatar, no Centro de Formação e Desenvolvimento de Mídia do Al Jazeera.

IJNet: Como você consegue ideias para matérias?

CD: Sou uma boa observadora e uma boa ouvinte. Seja no caminho do trabalho ou indo às compras, estou sempre buscando matérias. Também consigo histórias conversando com pessoas de diferentes origens e usando redes sociais, como Facebook e Twitter.

IJNet: Você tem uma rotina para escrever e informar?

CD: Se eu quiser entrevistar uma personalidade bem conhecida e não tenho as informações de contato, a primeira ferramenta que eu uso para achá-la é o Facebook. Então preparo as perguntas (a maioria das minhas entrevistas eram em inglês, quando eu era uma repórter internacional), em seguida, envio para o meu entrevistado. Assim que eu recebo as respostas, traduzo as respostas aos em árabe.

IJNet: Qual é o seu maior orgulho no trabalho até agora? Por quê?

CD: Meu maior orgulho no trabalho é uma entrevista com um famoso escritor sueco, Frederic Haren. Tenho orgulho dessa entrevista, porque esse homem é um dos palestrantes mais famosos do mundo e foi a primeira vez que ele tinha falado com a mídia árabe. Depois dessa entrevista, Haren decidiu traduzir seu trabalho, chamado “The Idea Book” ao árabe.

IJNet: Que conselho você daria a aspirantes a jornalista?

CD: Meu conselho é se você não conseguir um diploma em jornalismo não significa que você nunca vai ser jornalista. Além disso, mantenha o seu sonho e dê o seu melhor para que se torne realidade!