Quando um programador de computador frustrado criou um site e release falsos sobre um estudo que mostrava que usuários do Internet Explorer não são tão inteligentes quanto as pessoas que usavam outros navegadores, grandes organizações de mídia caíram na brincadeira.
A CNN, BBC e outros meios de comunicação publicaram notícias em seus sites descrevendo o estudo. Quando a farsa foi revelada, eles tiveram que admitir que não tinham verificado adequadamente os fatos. (Estranhamente, este artigo) da CNN não contém nenhuma menção de que o estudo era falso.)
Como podemos evitar essa vergonha-- sem contar a desinformação do público? Em vez de apressar a publicação, as organizações de notícias deveriam ter seguido alguns passos simples de verificação, disseram os jornalistas digitais e instrutores Mandy Jenkins e Craig Silverman. Jenkins, editora de notícias sociais para o Huffington Post, e Silverman, diretor editorial da OpenFile.ca e editor e autor do livro "Regret the Error", deram estas dicas para verificar informações encontradas na Internet:
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Comece com uma busca do domínio no Whois para ver quem registrou o url.
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Verifique o arquivo da Internet para ter uma ideia da história geral do site, organização ou pessoa que presta as informações.
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Verifique o site Google PageRank. Se o ranking da página é alto, provavelmente significa que locais verossímeis se ligaram à página.
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Existe um dono claro e credível do site? Confira no rodapé do site. Será que aponta para uma entidade de propriedade real?
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Busque menções em blogs e notícias para ver se a pessoa, tópico, ou empresa foram citados antes.
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As pessoas estão compartilhando a notícia em sites de marcadores sociais como o Digg?
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Ligue para o telefone e tente falar com a fonte das informações antes de publicar qualquer coisa.
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Verifique os nomes. Será que eles têm uma história pessoal? É nome tirado da história ou literatura? Fraudadores muitas vezes gostam de ser inteligente, usando nomes históricos.
- A matemática está certa? No caso da história falsa sobre o Internet Explorer, o estudo supostamente falou com mais de 100.000 usuários, um número que seria muito difícil de trabalhar.
Quando as organizações de notícias decidem relatar algo que não é 100 por cento confirmado, devem deixar muito claro que "isto é o que sabemos, isto é o que não sabemos, e isto não foi confirmado", disse Silverman. "É importante a ser corajoso e transparente sobre o que você não tem."
Jenkins e Silverman compartilharam seus conselhos durante uma apresentação na Online News Association Conference, em Boston. Os slides e vídeo da apresentação podem ser vistos (em inglês) aqui.