Este é o terceiro episódio da IJNotes na nossa série sobre jornalismo ambiental. Para ouvir o episódio anterior — As chaves para a cobertura da justiça climática — clique aqui.
Eventos climáticos extremos e desastres naturais arrasaram muitas comunidades no mundo todo e suas consequências devastadoras parecem estar apenas se intensificando. Somente no ano passado, o mundo testemunhou secas recorde nos Estados Unidos e na América Latina, enquanto a China e a Europa sofreram com enchentes fatais. Furacões, tornados e incêndios também dominaram as manchetes devido à destruição significativa que causaram.
Todos esses eventos estão relacionados à mudança climática? Como os repórteres devem explicar a conexão entre condições climáticas extremas e o aumento da temperatura? Como eles podem adotar uma perspectiva para a cobertura dessas emergências sem serem sensacionalistas?
[Leia mais: O que jornalistas podem fazer globalmente para cobrir a crise climática]
Para o terceiro episódio da nossa série Jornalismo Ambiental, falamos com a jornalista multimídia Tais Gadea Lara, da Argentina. "Esses eventos dependem de alguns fatores — e alguns desses fatores têm mudado por causa da mudança climática", ela explicou.
No episódio, Gadea Lara fornece seus conselhos de especialista sobre os principais aspectos da cobertura de eventos climáticos extremos. Ela disse que "é um desafio" cobrir essas situações, mas é também "a melhor oportunidade" que jornalistas têm para noticiar as causas e consequências da mudança climática.
Ela também reforçou a importância de escolher as palavras certas. "Se falamos de desastres naturais ou desastres ambientais, a audiência talvez pense que é algo sobre o qual o ser humano não tem nenhuma responsabilidade", ela disse. "Se falamos de eventos climáticos, então é algo que [está começando] a ser relacionado ao clima e nós estamos mudando o clima — então talvez tenhamos um pouco ou mais responsabilidade nisso."
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