Enquanto muitas organizações de notícias embarcam em formatos narrativos diferentes usando os métodos digitais mais modernos, alguns veículos de mídia estão utilizando uma técnica muito mais antiga: ilustrações desenhadas à mão.
Várias organizações estão experimentando com esta forma de contar histórias, observou Al Tompkins num post no Poynter Online. O Center for Investigative Reporting (CIR) e o California Watch criaram um vídeo composto por desenhos chamado "In Jennifer's Room" para acompanhar uma reportagem sobre abuso e negligência em centros de desenvolvimento para pessoas com deficiência na Califórnia.
Por causa da natureza delicada da história e da importância de manter o anonimato da menina, o autor não tinha fotos, entrevistas em áudio, ou recursos visuais atraentes que pudéssemos usar, explicou a produtora multimídia da CIR, Carrie Ching, a Tompkins. "Mas tínhamos uma incrível história humana para contar e tivemos que conta-la dentro dessas limitações", Ching disse.
Esse estilo de jornalismo geralmente usa animação em vez de desenhos minimalistas. O New York Times muitas vezes usa animação. As animações do StoryCorps na NPR, “John and Joe,” “Germans in the Woods” e “Danny and Annie" usam desenhos para ajudar a comunicar ideias sobre temas difíceis da vida.
Há dúvida sobre como será a aceitação do público para histórias ilustradas. O CIR identificou dois elementos que garantem o sucesso de um projeto: uma reportagem cuidadosa e tempo suficiente. "A equipe que produziu 'In Jennifer’s Room' começou a conversar sobre o projeto meses antes de lançar ao público", escreveu Tompkins. "As conversas permitiram que a ocupada equipe questionasse cada detalhe artístico e permitiram a todos os membros da equipe oferecer ideias sobre como contar a história."
Para ler o post original (em inglês), clique aqui.
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Foto cortesia de grietgriet no Morguefile