Como combater jet lag ao viajar para reportagens

por Samantha Berkhead
Oct 30, 2018 em Freelance

É o sonho de muitos jornalistas: ser um correspondente estrangeiro freelancer que é pago para viajar o mundo e cobrir histórias fascinantes em diferentes culturas.

No entanto, o estilo de vida de um correspondente itinerante não é tão glamoroso como pode parecer. As viagens frequentes em diferentes fusos horários podem desgastar o ritmo de sono, levando à fadiga e dificuldade de concentração.

Mark Albert, um correspondente freelancer para a CBS News, tem uma abordagem diferente.

"Eu olho para viagens como 'petiscos de viagem' -- mordidinhas de uma cultura distinta, comida exótica e pessoas vibrantes", disse ele. "E eu quero estar alerta o suficiente para desfrutar de tudo isso. Quer seja para trabalho ou lazer, eu preciso chegar ajustado no fuso horário local para que eu não perca tempo me sentindo doente, cansado e grogue."

Seguindo um regime que ele desenvolveu enquanto trabalhava como repórter internacional, Albert explicou que não sofre de jet lag há seis anos. A IJNet conversou com Albert sobre seus conselhos para evitar jet lag e aproveitar cada viagem ao máximo:

IJNet: Qual é a sua rotina típica quando viaja para o exterior que o ajuda a evitar jet lag?

Albert: A chave para combater o jet lag é simples: dormir. Mas há um porém. Quando a maioria das pessoas viaja cruzando fusos horários, elas dormem quando estão cansadas ​​e ficam acordadas quando não estão. Isso é um erro. Quando eu viajo, é essential me ajustar ao fuso horário local o mais rápido possível. Então eu descubro -- antecipadamente -- quando vou dormir e quando eu vou ficar acordado. E então eu mantenho o plano, utilizando ferramentas (pílula para dormir, máscara de dormir, tampões para os ouvidos, reclinar) que me ajudam a conseguir isso.

Vamos dizer que eu estou voando de volta para os EUA da Europa e meu voo de Amesterdã para Atlanta sai às 8 horas da manhã. Eu sei que não importa se estou muito cansado, eu não consigo dormir no voo porque o voo vai pousar em torno do meio-dia na costa leste [dos EUA] e vou ter que ficar acordado até de noite. Então, eu fico acordado até 19 ou 20 horas. Sem tirar uma soneca. Dessa forma, quando chegar a hora de dormir, eu estou naturalmente cansado. Então, eu não ligo o meu despertador e deixo o meu corpo escolher quando acordar na manhã seguinte. Isso me coloca de volta no ritmo do fuso horário local. Sem jet lag!

Você descobriu esses métodos através de um processo de tentativa e erro intencional ou foi criando ao longo do tempo?

Todo mundo é diferente e cada corpo reage de forma diferente às mudanças de fuso horário, pílulas para dormir, horários de voos, etc. Eu encontrei um padrão que funciona para mim por tentativa e erro. E não é uma desculpa dizer que você não consegue dormir bem em aviões; Eu também não consigo. Mas eu chego perto o suficiente para conseguir "enganar o sono" -- eu fecho meus olhos e forço o meu corpo a ficar ali no assento apertado da classe econômica nas horas que programei. Tento abrandar os meus pensamentos e me concentrar para dormir. Pode ser frustrante, mas eu não posso desistir e começar a ler ou assistir TV. Eu tenho que fazer o meu corpo relaxar ou eu não vou me ajustar quando pousar no meu destino.

Que outros conselhos você daria aos jornalistas que viajam com frequência a trabalho, especialmente para lugares que podem ter os mesmos tipos de luxos encontrados nos EUA?

Mais uma vez, eu considero uma viagem como um "petisco" -- eu sei que não vou ficar muito tempo e quero desfrutar de todas as pequenas mordidas de cultura, comida e pontos turísticos que eu posso. Eu nunca faço check-in de bagagens para que eu possa ter mobilidade quando os voos são cancelados ou quando os planos de viagem dão errado. Os agentes de bilhetes e de portão no aeroporto são muito mais dispostos a colocá-lo em um vo diferente se não têm que pescar sua bagagem de um avião. Você ficará surpreso com a falta de estresse, quando não precisa se preocupar onde raios está a sua bagagem a qualquer momento. Isso também me torna mais independente em áreas que não estão totalmente desenvolvidas em termos de comodidades que se poderia esperar nos EUA ou em outro lugar. Também carrego um pequeno secador de cabelo de viagem (marca "voltage valet") que alterna entre 125 volts e 250 volts e um adaptador universal de tomada elétrica. Ninguém quer transportar oito adaptadores.

E a menos que seja absolutamente necessário, eu nunca troco [meu dinheiro] pela moeda local no aeroporto ou um hotel; a taxa de câmbio é horrível. Um banco na cidade ou um caixa eletrônico será muito melhor. Claro, você pode querer consider a taxa de câmbio do banco 24 horas no exterior. Muitas vezes, porém, vejo que uma taxa de US$5 de transação no caixa eletrônico é menor que as taxas do banco e de conversão que eu vou pagar em um quiosque de câmbio no aeroporto.

Imagem sob licença CC no Flickr via Yosomono