Quatro palestras TED que jornalistas nāo podem perder

por Margaret Looney
Oct 30, 2018 em Jornalismo de dados

Se você precisa de alguma inspiração, mas tem apenas 10 minutos de sobra, confira estas palestras da TED.

A organização sem fins lucrativos TED traz "ideias que merecem ser espalhadas" para o centro do palco, através de conferências e palestras organizadas de forma independente em todo o mundo.

Estes quatro vídeos oferecem um panorama sobre o jornalismo, abordando temas como reportagem cidadão, verificação de conteúdo de rede social, jornalismo de dados e investigações sobre corrupção no governo.

Jornalistas de dados são os novos punks

Simon Rogers, editor do Datablog no jornal Guardian, apresenta a ideia de que qualquer um pode ser um jornalista de dados, assim como qualquer um podia ser um roqueiro punk nos anos setenta.

"Tudo que você precisava era de uma guitarra e um amigo, e você tinha uma banda", diz Rogers. "Estamos numa situação agora em que contamos histórias com números, e é uma nova forma de jornalismo que literalmente --como no punk-- qualquer um pode fazer."

Rogers diz que qualquer um pode ser um jornalista de dados, porque há dados em toda parte, e ferramentas livres para manipular dados estão ao nosso alcance. Rogers menciona algumas ferramentas notáveis ​​e explica como o jornalismo de dados ajudou o Guardian a descobrir as causas econômicas para as revoltas em Londres em 2011.


Minha luta para expor corrupção no governo

Uma das primeiras jornalistas a apresentar um pedido com base no Freedom of Information Act da Inglaterra, Heather Brooke fala sobre suas provações e triunfos em expor a corrupção no Parlamento Britânico. Os métodos que usou para descobrir a despesa fraudulenta do governo mostra que matérias investigativas que levam a um grande impacto muitas vezes começam com uma simples pergunta.

Ela inclui alguns recursos que qualquer jornalista investigativo pode usar, como o Investigative Dashboard, um site com uma coleção de todos os bancos de dados que você precisa para encontrar qualquer documento. Outra ferramenta é o Alaveteli, uma plataforma que facilita a fazer pedidos de Liberdade de Informação (FOI, em inglês) e pode ser usado em qualquer país que tem uma lei de Liberdade de Informação.


Como separar fato e ficção online

Markham Nolan, o editor de mídia social no Storyful, descreve a meticulosa tarefa de verificar o conteúdo encontrado em mídias sociais. Jornalistas usam o Twitter como uma "agência noticiosa em tempo real" para obter acesso instantâneo a notícias de última hora, portanto, encontrar a fonte está se tornando mais importante do que nunca, diz Nolan.

"Às vezes, você se depara com um conteúdo que é tão atraente --você morre de vontade de usá-lo--, mas não tem cem por cento de certeza, porque não sabe se a fonte é credível", diz ele. "Você tem que fazer o trabalho de investigação."

Nolan compartilha simples técnicas que jornalistas investigativos podem usar para verificar conteúdo legítimo, como o uso de lista telefônica, o Google Maps e outras ferramentas gratuitas da Web, como Spokeo e Wolfram Alpha. Se você estiver com pressa, pelo menos verificar o visualização incrível da atividade do Twitter durante a revolução no Egito.


Jornalismo cidadão está remodelando o mundo

Diretor do Small World News, Brian Conley fala sobre a importância de usar histórias locais e treinar vozes pouco escutadas para falarem por elas próprias.

"O futuro da mídia é local", diz Conley, com jornalistas contando as histórias de seus concidadãos em seus países nativos. "Todo mundo tem uma história e alguém quer ouvi-la."

Num momento de arrepiar, escute esta anedota que Conley conta sobre o petencial para treinamento de jornalistas cidadãos.

Se você assistir a qualquer um dos vídeos, diga o que achou sobre eles na seção de comentários abaixo.

Imagem usada com licença CC no Flickr via rico-san