ONA lança orientações e melhores práticas para reportagem em redes sociais

por IJNet
Oct 30, 2018 em Temas especializados

Seja chamando de mídia de testemunha ou conteúdo gerado pelo usuário (UGC, em inglês), o conteúdo de notícias em plataformas sociais é um recurso sem precedentes para os jornalistas no mundo todo.

Entretanto, até agora, há uma falta de padrões éticos e boas práticas para os meios de comunicação que utilizam este conteúdo que chega em todo lugar.

Especialmente à luz de notícias urgentes como os recentes atentados em Bruxelas, Ankara, Lahore e Iêmen, a necessidade de construir um conjunto de fortes diretrizes éticas para as redações em todo o mundo é mais evidente do que nunca. Em tais situações, é fácil que um vídeo falsificado ou foto de um ataque seja divulgado como verdadeiro. Ver as imagens fortes dos conteúdos gerados por usuários também pode colocar em risco o bem-estar psicológico dos jornalistas.

É por isso que a Online News Association (ONA) divulgou recentemente o seu código de ética reportagem social, um projeto que levou anos para ficar pronto.

(Finalmente está aqui. Apresentamos o Código de Ética de Apuração de Notícias Sociais da @ONA...) 

"Momentos como estes nos desafiam como jornalistas a contar uma história que se desenrola rapidamente de uma forma que seja informativa, detalhada e precisa", escreveu Eric Carvin, editor de mídias sociais da Associated Press e um dos arquitetos do código. "Hoje em dia, uma grande parte desse trabalho envolve atravessar um mar turvo de conteúdos digitais e dar sentido ao que vem para a superfície."

O código abrange 10 questões fundamentais inerentes em apuração social, desde a verificação do conteúdo de testemunhas -- e ser transparentes sobre tal verificação -- a obter o consentimento informado dos indivíduos que criam esse conteúdo. Redações de qualquer tamanho podem desenvolver um padrão para chegar às testemunhas, negociar o uso de conteúdo, dar crédito aos criadores de conteúdo e muito mais.

Várias organizações de notícias endossaram o código de ética da ONA até agora, incluindo Storify, The Guardian, BBC, CNN e muito mais. As agências de notícias podem optar por se tornar apoiadores do código e ser listadas na página inicial do código indicando que adotaram as normas em sua própria redação.

Clique aqui para conferir o código completo (em inglês).

Imagem sob licença CC no Flickr via michael davis-burchat