Graças aos microblogs e redes sociais, mais e mais jornalistas escrevem online. Muitos deles, no entanto, ainda não sabem o quão importante são os links para a atribuição de informações.
Desafios da escrita online e uso de links
Plágio: Pegar o trabalho de alguém passando-o como próprio não é um problema novo no jornalismo, mas tem sido muito mais fácil fazê-lo com a Internet. É uma simples questão de cortar e colar conteúdo de um site para outro, mas isso não o torna ético. A atribuição de conteúdo é uma prática aceita em todas as mídias. Copiar não é. Há muitos, muitos casos onde os jornalistas perderam seus empregos por causa de apenas um incidente de plágio, mesmo quando argumentaram que não foi intencional.
Encontrando uso não autorizado: Embora a tecnologia torne mais fácil plagiar, a boa notícia é que a tecnologia também oferece algumas novas formas de descobrir plagiadores. Uma simples busca no Google, muitas vezes, revela o material plagiado. A Copyscape é uma ferramenta online que verifica se há cópias do conteúdo de qualquer página na Web. Experimente digitar o URL do site de sua organização e veja o que encontrar. John McIntyre do jornal Baltimore Sun tem algumas sugestões tradicionais sobre como detectar plágio aqui.
Atribuição através de links: A ex-blogueira do Washington Post, Tammi Marcoullier, disse que há um antídoto simples ao plágio online: usar links. "Quando os editores valorizam o link no jornalismo e comunicam aos seus repórteres e redatores que a inclusão de links para suas fontes e dar crédito onde crédito é devido são tão importantes quanto cumprir um prazo, eles estão fornecendo menos incentivo para o plágio", escreveu ela.
Links sem permissão: Nos primeiros dias da Internet, os proprietários de sites, muitas vezes pediam permissão para postar um link a um outro site. Essa prática desapareceu na realidade. Publicar links sem permissão é considerado um procedimento padrão agora, contanto que você não engane os leitores a pensar que você ou seu site são a fonte da informação. Se o dono do outro site reclamar, a prática comum é remover o link, sem perguntas.
Links para conteúdo polêmico: Um link para um site externo não significa que você está endossando seu conteúdo. Algumas organizações de notícias deixam isso bem claro nas normas do site ou em uma nota ao lado os tais links. O jornal Democrat and Chronicle de Rochester (N.Y.), por exemplo, diz em seus termos de serviço, "Nossos links a sites de terceiros não implica em endosso ou patrocínio de tais sites, ou da informação, produtos ou serviços oferecidos no sites ou através deles". Mas considere suas próprias normas ao postar links para conteúdo fora e pense em avisar os usuários sobre links para conteúdos controversos, como palavrões ou fotos e vídeos perturbadores. Alguns sites não podem não querer colocar links a grupos polêmicos, como organizações racistas ou terroristas, mesmo se são fundamentais para uma história. Vale a pena dar uma olhada nas orientações do Poynter Institute sobre a ética no uso de links.
Links para conteúdo comercial: Alguns sites de jornalismo têm links para a publicidade incorporada em seus artigos de notícias, o que pode levantar questões sobre a independência jornalística, mesmo quando os links são automatizados. Segundo a norma ética online da Sociedade Americana de Editores de Revista, os sites devem divulgar quando os links são pagos pelos anunciantes. Mas muitos sites que incorporam links comerciais em suas matérias baseiam-se apenas num "sublinhado duplo" para diferenciar esses links.
_Imagem: Morguefile_
Este artigo faz parte de um curso online do ICFJ Anywhere, que apóia os jornalistas em todo o mundo com treinamento gratuito em uma diversidade de tópicos. Os cursos são oferecidos em uma variedade de idiomas, incluindo inglês, árabe, persa, espanhol, português, turco e francês. Para as últimas novidades sobre os cursos do ICFJ Anywhere, clique aqui.