Newspusher é um serviço de vídeo de notícia sob demanda dirigido pela empresa Akamedia, fundada em 2003.
A empresa privada com sede em Paris recebeu US$2 milhões de financiamento da Série A em março de 2008. A IJNet conversou com Lionel Faucher, fundador e CEO da Akamedia, sobre qual veículo de mídia compra a maioria do Newspusher e seus planos de expansão internacional.
IJNet: Quantos usuários se inscreveram?
Lionel Faucher: Temos cerca de 200 fontes ativas registradas, desde freelancers promovendo suas novas matérias a grandes organizações jornalísticas, como a Fox News Edge (que fornece ao Fox News Channel e afiliadas da Fox) e a Russia Today, além de agências de fotografia que também usam vídeo agora (Splash News, Sipa), agências de notícias com departamentos multimídia (Belga, PressAssociation), ONGs (Cruz Vermelha, Greenpeace...), e organizações intergovernamentais (ACNUR, a Comissão Europeia).
Recebemos cerca de 500 matérias novas por dia e oferecemos mais de 300 mil artigos disponíveis online.
IJNet: Quem é a audiência alvo do seu serviço?
LF: Trabalhamos para mais de 100 clientes de mídia, principalmente na Europa. Metade da renda vem de nossos clientes de TV que compram material que editam para seus programas de notícias; 40 por cento é proveniente de clientes de nova mídia, para websites e aplicativos móveis -- a maioria deles compra matérias prontas para usar. O 10 por cento restante vem de escolas, empresas de voo e outras plataformas.
IJNet: Onde vocês colocaram suas matérias?
LF: CNN, CBS nos Estados Unidos, França, Alemanha, Espanha, Itália e Benelux, Fuji Television e Tokyo Broadcasting System no Japão, os principaisportais na Europa, bem como sites de muitas revistas e jornais.
IJNet: Que histórias mais lhe interessam no momento?
LF: Nós somos muito bons em vender matérias de entretenimento, por isso estamos sempre à procura deste gênero. Nos últimos meses, estamos trabalhando para reunir muitos artigos e pontos de vista sobre o Oriente Médio e a África, pois acreditamos que o que acontece lá tem alguma tração nas redações e vai aumentar na mídia internacional se constantemente e consistentemente oferecemos cobertura de vídeo.
IJNet: Quais são as vantagens para os freelancers, após os 40 por cento que você tiram?
LF: Freelancers, bem como todas as fontes que trabalham para nós, mantêm o controle de seus artigos. Eles mantêm os direitos autorais e a licença de suas matérias para uso limitado. Eles podem continuar a trabalhar com seus clientes regulares, mesmo usando o Newspusher para entregá-los e fazer seus artigos disponíveis para outros, com as restrições e embargos que pretendem aplicar a todas ou alguns de seus artigos.
IJNet: Vocês aceitam vídeos de celular?
LF: Nós aceitamos qualquer vídeo que seja notícia, desde que venha de uma fonte profissional. Nós não aceitamos o chamado 'conteúdo gerado por usuário' (UGC), uma vez que não somos capazes de verificar e assegurar os direitos autorais. Temos, no entanto, trabalhado com parceiros que se concentram em compensação e curadoria de UGC e matérias de cidadãos.
IJNet: A interface do site é oferecida em diferentes idiomas. Vocês mantêm outros idiomas que não sejam o inglês em vídeos?
LF: Como a maioria dos provedores de vídeos de notícias, temos filmagens não editadas, pacotes noticiosos, reportagens longas, flashes de notícias diárias em diferentes gêneros...
Tentamos sempre ter uma versão internacional da notícia para que todas as redações possam entender sobre o que ela é -- uma matéria no Iraque narrada em francês é impossível ser mostrada em uma emissora de TV japonesa já que ninguém fala francês lá. No entanto, aceitamos vídeos em todas as línguas com um roteiro [que tenha], pelo menos, uma breve descrição em inglês, para que os clientes entendam do que se trata e possam buscar e encontrar.
Você pode ler mais sobre o Newspusher no seu site ou seguindo sua conta de Twitter.