Se 2011 foi o ano em que a importância do jornalismo móvel se tornou clara, 2012 será o ano em que a mídia vai parar de pensar que usar é suficiente telefones celulares apenas para filmar notícias.
Essa é a opinião de Christian Espinosa, um professor que ensina jornalismo móvel na Universidad Mayor de Chile e Monteavila na Venezuela.
Para Espinosa, a cobertura móvel durante a revolta policial contra o presidente do Equador e o resgate de 33 mineiros no Chile demonstraram a importância de aprender como reportar a qualquer hora e em qualquer lugar com um telefone celular.
Enquanto cidadãos podem utilizar os telefones inteligentes para relatar o que testemunham, os jornalistas são obrigados pela ética profissional a utilizar seus telefones para fornecer informações oficiais, também apoiadas pelos fatos, Espinosa disse, acrescentando que ao contrário de um transeunte qualquer, "o jornalista não pode se dar ao luxo de improvisar."
Aqui estão algumas dicas de Espinosa para elevar o jornalismo móvel além da arena amadora:
Microblogging é a nova narrativa: Espinosa não tem dúvida de que microblogging será "a nova narrativa para a cobertura de celular". Em outras palavras, os jornalistas móveis devem sempre incluir 'hashtags' (etiquetas) ou planejar outras maneiras de interagir com os serviços de microblogging.
Espinosa disse que jornalistas móveis, ou "mojos, devem criar mensagens dentro do limite dos 140 caracteres estabelecidos pelo Twitter, incluindo o título do vídeo ou áudio da reportagem móvel. Ao mesmo tempo, as manchetes ou títulos também devem ser compatíveis com motores de busca para que o público possa podem encontrá-los facilmente.
Aproveite o feedback da comunidade: Espinosa recomendou planejar os hashtags para "dirigir contribuições do público direto, enquanto estiver na rua."
Ele deu o exemplo de Susan Moran, uma jornalista que cobriu a revolta da polícia no Equador com seu Nokia E71, cujos seguidores serviram como uma bússola, enquanto ela cobria a situação perigosa. Quando ela ficou presa em um banheiro no meio do fogo cruzado, hashtags a ajudaram a saber o que cobrir além do que todo mundo estava publicando e refinar o que as pessoas queriam saber naquele momento, disse Espinosa.
Economize tempo usando geolocalização. Faça uso da função de GPS do seu telefone inteligente para encontrar fontes discutindo a questão na área onde a notícia está se desenrolando. Faça isso direito, Espinosa disse, e você pode identificar fontes potenciais antes mesmo de chegar em cena.
Tenha um plano de distribuição. Como qualquer outro tipo de notícias de hoje, a cobertura do jornalismo móvel deve estar pronta para se apresentada nas plataformas. Pense em distribuir suas informações para todos. Isso significa incluir as pessoas que podem ler somente mensagens de texto e não só aqueles que usam iPads, Espinosa disse.