A rápida urbanização da região amazônica no Brasil pode estar contaminando o abastecimento de água, mas as autoridades dizem que falta uma prova irrefutável necessária para agir, explica o jornalista Gustavo Faleiros, especialista em jornalismo de dados ambientais.
O site de notícias ambientais criado por Faleiros, InfoAmazonia, que monitora e mapeia ameaças à região dos nove países da Amazônia, tem uma proposta para corrigir isso: Vai dar sensores de qualidade de água para as pessoas vivem nas áreas afetadas. Um teste simples irá revelar se a água é potável ou não. Os sensores enviarão os dados para a plataforma InfoAmazonia e o resultado vai ser exibido em um mapa da região. Os moradores também poderão se inscrever para receber mensagens de texto que comunicarão a eles se a água de seu bairro é potável.
O projeto é um dos dez finalistas do Desafio de Impacto Social Google no Brasil, o primeira realizado no país. O Google vai escolher três vencedores para receber uma doação de um milhão de reais (US$450.000) para dar vida a projetos que utilizam tecnologia para lidar com questões como saúde, educação e meio ambiente. O público vai escolher um quarto vencedor votando online, aqui.
Você pode assistir a InfoAmazonia e os outros finalistas apresentarem suas ideias em vídeo, aqui e vote no seu favorito. Aqui está o vídeo da InfoAmazonia:
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Os finalistas também apresentarão seus projetos para os jurados do Google no dia 8 de maio, em São Paulo.
Faleiros fundou a plataforma InfoAmazonia como parte de sua bolsa do Knight International Journalism Fellowship do Centro Internacional para Jornalistas. O site é produzido pela agência brasileira de notícias ambientais O Eco com o apoio do ICFJ e Internews.
Se a InfoAmazonia ganhar, vai distribuir 85 sensores nas cidades de Manaus, Belém, Rio Branco e Porto Velho, onde 4,2 milhões de pessoas vivem. A InfoAmazonia vai construir os dispositivos seguindo os modelos dos kits de qualidade de água do Public Lab. O hardware inclui a placa Arduino, que age como computador pequeno, barato e pode ser conectado a Wi-Fi, 3G ou redes GSM.
Foto cortesia do usuário do Flickr Rainforest Action Network sob licença Creative Commons