O jornalismo cidadão e as redes sociais se tornaram as principais fontes de notícias, especialmente após as revoltas árabes de 2011.
Do programa Stream da Al Jazeera e o Andy Carvin da NPR à propaganda dos Três Porcos no jornal Guardian, empresas jornalísticas reconhecem que o jornalismo é apenas uma parte de um amplo ecossistema de conversação online...
A análise de audiência e verificação da fonte compõem somente uma parte do cenário. Apesar de que as tecnologias futuras irão ajudar as redações a compreenderem seus leitores e aproveitarem melhor o cidadão como fonte, permanecemos cegos quanto a forma como a notícia é usada pelos próprios cidadãos para ganhar credibilidade e propagar ideias. Isso é uma perda, por duas razões. Em primeiro lugar, expõem redações a formas vergonhosas de manipulação da mídia. Mais importante ainda, não conseguimos ver analiticamente um dos maiores incentivos dos blogueiros e jornalistas cidadãos: sua atenção.
Reconfigurando a representação da mídia
Para a minha tese de mestrado no laboratório de mídia da MIT, estou tentando re-imaginar a forma como pensamos sobre a representação da mídia em ecossistemas de mídia online. Desenvolvi uma visualização da representação da mídia no Global Voices que tem coberto a mídia cidadã há muito mais do que a maioria das organizações de notícias...
A representação da mídia no Global Voices: Egito e Líbia
Minhas perguntas iniciais eram simples: Que vozes (do Twitter) foram mais citadas na cobertura do Global Voices sobre as revoltas árabes e quão diversas foram essas vozes? O Global Voices estava apenas ampliando as ideias de algumas pessoas ou incluindo uma ampla gama de perspectivas?
O Global Voices foi generoso o suficiente para compartilhar seu arquivo completo em inglês desde 2004, e eu construí uma ferramenta de visualização de dados para explorar essas questões ao longo do tempo e por seções:
- Visualização de citações do Twitter no Global Voices (melhor com o Firefox)
- Assista ao tutorial de vídeo (9 minutos, em inglês)
Uma simples demonstração mostra o poder de rastrear a diversidade das fontes, a popularidade da fonte e a amplitude de temas que uma única fonte aparece. Estou animado em levar o projeto adiante para:
- Comparar fontes utilizadas por diferentes meios de comunicação
- Examinar as fontes auto-seguidas citadas por uma publicação, como uma forma de jornalistas encontrarem especialistas e para o público se conectar com vozes mencionados na mídia
- Rastrear e identificar manipuladores de mídia
- Desenvolver medições da diversidade de fontes e ferramentas ajudar os jornalistas a encontrarem uma variedade boa de fontes
- Identificar a parcialidade de jornalista e veículos de notícias, através da análise da fonte
- Comparar a eficácia de bancos de dados de código fechado, como o Public Insight Network e o Help a Reporter Out, com os ecossistemas abertos, como o Twitter, Facebook e comentários online. Os bancos de fontes genuinamente expandem a conversa, ou servem apenas como uma via rápida para as assessorias de imprensa?
- Acompanhar o papel da exposição na mídia sobre a popularidade e leitura de contas de mídia social
Se você estiver interessado em continuar a conversa, testar minhas Visualização de citações do Twitter no Global Voices e assista ao meu tutorial, ou escreva para o meu e-mail, natematias@gmail.com.
Para ler o artigo integral (em inglês), clique aqui.
Este artigo foi publicado originalmente no Idea Lab da PBS MediaShift e foi traduzido e publicado pela IJNet com autorização. O IdeaLab da PBS MediaShift é um blog em grupo feito por inovadores que estão reinventando as notícias comunitárias para a era digital. Cada autor recebeu um fundo do Desafio Jornalístico Knight para ajudar a bancar uma ideia sobre um tema relacionado à transformação da notícia comunitária.
Imagem usada com licença CC no Flickr