A importância de rastrear fontes populares no Twitter para a cobertura jornalística

por J Nathan Matias
Oct 30, 2018 em Redes sociais

O jornalismo cidadão e as redes sociais se tornaram as principais fontes de notícias, especialmente após as revoltas árabes de 2011.

Do programa Stream da Al Jazeera e o Andy Carvin da NPR à propaganda dos Três Porcos no jornal Guardian, empresas jornalísticas reconhecem que o jornalismo é apenas uma parte de um amplo ecossistema de conversação online...

A análise de audiência e verificação da fonte compõem somente uma parte do cenário. Apesar de que as tecnologias futuras irão ajudar as redações a compreenderem seus leitores e aproveitarem melhor o cidadão como fonte, permanecemos cegos quanto a forma como a notícia é usada pelos próprios cidadãos para ganhar credibilidade e propagar ideias. Isso é uma perda, por duas razões. Em primeiro lugar, expõem redações a formas vergonhosas de manipulação da mídia. Mais importante ainda, não conseguimos ver analiticamente um dos maiores incentivos dos blogueiros e jornalistas cidadãos: sua atenção.

Reconfigurando a representação da mídia

Para a minha tese de mestrado no laboratório de mídia da MIT, estou tentando re-imaginar a forma como pensamos sobre a representação da mídia em ecossistemas de mídia online. Desenvolvi uma visualização da representação da mídia no Global Voices que tem coberto a mídia cidadã há muito mais do que a maioria das organizações de notícias...

A representação da mídia no Global Voices: Egito e Líbia

Minhas perguntas iniciais eram simples: Que vozes (do Twitter) foram mais citadas na cobertura do Global Voices sobre as revoltas árabes e quão diversas foram essas vozes? O Global Voices estava apenas ampliando as ideias de algumas pessoas ou incluindo uma ampla gama de perspectivas?

O Global Voices foi generoso o suficiente para compartilhar seu arquivo completo em inglês desde 2004, e eu construí uma ferramenta de visualização de dados para explorar essas questões ao longo do tempo e por seções:

Uma simples demonstração mostra o poder de rastrear a diversidade das fontes, a popularidade da fonte e a amplitude de temas que uma única fonte aparece. Estou animado em levar o projeto adiante para:

  • Comparar fontes utilizadas por diferentes meios de comunicação
  • Examinar as fontes auto-seguidas citadas por uma publicação, como uma forma de jornalistas encontrarem especialistas e para o público se conectar com vozes mencionados na mídia
  • Rastrear e identificar manipuladores de mídia
  • Desenvolver medições da diversidade de fontes e ferramentas ajudar os jornalistas a encontrarem uma variedade boa de fontes
  • Identificar a parcialidade de jornalista e veículos de notícias, através da análise da fonte
  • Comparar a eficácia de bancos de dados de código fechado, como o Public Insight Network e o Help a Reporter Out, com os ecossistemas abertos, como o Twitter, Facebook e comentários online. Os bancos de fontes genuinamente expandem a conversa, ou servem apenas como uma via rápida para as assessorias de imprensa?
  • Acompanhar o papel da exposição na mídia sobre a popularidade e leitura de contas de mídia social

Se você estiver interessado em continuar a conversa, testar minhas Visualização de citações do Twitter no Global Voices e assista ao meu tutorial, ou escreva para o meu e-mail, natematias@gmail.com.

Para ler o artigo integral (em inglês), clique aqui.

Este artigo foi publicado originalmente no Idea Lab da PBS MediaShift e foi traduzido e publicado pela IJNet com autorização. O IdeaLab da PBS MediaShift é um blog em grupo feito por inovadores que estão reinventando as notícias comunitárias para a era digital. Cada autor recebeu um fundo do Desafio Jornalístico Knight para ajudar a bancar uma ideia sobre um tema relacionado à transformação da notícia comunitária.

Imagem usada com licença CC no Flickr