O Google lançou na terça-feira passada uma nova versão do Google News, que apresenta um design mais eficiente, verifica fatos e oferece aos usuários personalização adicional.
O site de desktop do Google News agora está dividido em três seções principais: "Headlines" [manchetes], que apresentam as principais notícias do dia; "Local", que permite ao usuário seguir as notícias de determinados locais; e "For You" [para você], que contém tópicos específicos que o usuário indica ser de seu interesse. O novo design também apresenta uma interface no estilo de cartão que é menos confusa do que a iteração anterior do Google News. O novo layout se destina a destacar manchetes de organizações de notícias, classificação de artigos e oferece mais proeminência ao vídeo. O usuário também pode expandir os cartões para mostrar uma maior cobertura sobre um determinado tópico.
O gerente de produto do Google News Anand Paka disse que o usuário muitas vezes achava que a versão anterior do Google News era muito desordenada e confusa.
"Nosso objetivo aqui foi fazer com que todas as tarefas frequentes e necessidades do usuário fossem realizadas facilmente e sem problemas para que fiquem conectados às notícias e ao jornalismo, e é por isso que ele acessa o Google News: para ler as novidades e descobrir o que está acontecendo", disse Paka. Em uma entrevista. "Para fornecer um monte de fatos, vozes e perspectivas, você quer que a interface do usuário desapareça e não gere uma sensação de sobrecarga ou carga cognitiva para ele, mas apenas seja transparente."
O Google News também está apresentando um widget de verificação de fato no lado direito de sua página inicial que exibe mais proeminentemente artigos de sites de verificação de fato, como o PolitiFact e Snopes. (Embora você provavelmente tenha que descer um pouco na página para alcançá-lo.) Por enquanto, o recurso "Fact Check" só está disponível nos Estados Unidos, mas o Google diz que planeja lançá-lo mais amplamente em breve.
Enquanto o Facebook recebeu a maior parte das críticas em torno de notícias falsas com as eleições de 2016 nos Estados Unidos, o Google também foi repreendido por promover histórias duvidosas em seus resultados de busca e notícias.
Google Home giving that horrible answer to "are women evil" on Friday. Good article on issues; I'll have more later https://t.co/EUtrx4ZFul pic.twitter.com/Ec8mEqx8Am
— Danny Sullivan (@dannysullivan) December 4, 2016
Tradução: Google Home dando uma resposta horrível para [a pergunta] "as mulheres são más" na sexta-feira. Bom artigo sobre questões; terei mais depois...
No ano passado, o Google News introduziu uma classificação de verificação de fatos para artigos, e em abril começou a mostrar sites de verificação de fatos em resultados de pesquisa e notícias. (É importante notar também que o próprio Google não está fazendo o fact-checking: apenas está destacando sites não partidários, o que limita o alcance do que pode cobrir). Em abril, também lançou "Project Owl", uma série de iniciativas para tentar promover um conteúdo mais preciso em todos os seus serviços.
Este novo design do Google News, no entanto, está mais focado na interface do usuário, disse Paka.
"Porque é um novo design, trata mais dos toques superficiais do usuário em sua maioria", disse ele. "Sob o capô, continuamos a usar e desenvolver todas as melhores práticas, tanto de pesquisa quanto o Google News... Somos da filosofia da web aberta. Contanto que uma editora esteja publicando ativamente conteúdo de notícias, será incluída nas notícias e mantemos essa política para as pessoas que aparecem no Google News. Depois de ter essas fontes de qualidade dentro do nosso índice, a questão é classificar e escolher o melhor artigo para mostrar em qualquer momento."
Ainda assim, o design visa também dar ao usuário mais controle sobre a cobertura que vê no Google News. A nova interface torna mais fácil para o usuário gerenciar os tópicos que quer seguir. Também permite priorizar ou excluir explicitamente resultados de locais específicos.
Por enquanto, o novo design é focado principalmente no site de desktop. Alguns recursos, como a interface baseada em cartão, já estão disponíveis no celular, e Paka disse que espera que mais mudanças eventualmente cheguem ao celular.
"Estamos sempre tentando reunir tudo isso, uma experiência consistente, mas geralmente damos um passo à frente do outro porque estamos tentando avançar em sintonia", disse ele. "Neste caso, é um lançamento para o desktop. Esperamos que o celular alcance isso a curto ou médio prazo."
Este artigo foi publicado originalmente no Nieman Lab e é reproduzido com permissão.
Imagem principal sob licença CC no Flickr via Spencer E Holtaway