Uma associação de tamanho e conexões pode melhorar drasticamente o trabalho da comunidade de jornalistas.
Mas essas associações são resultado de trabalho e empenho. Aqui estão 10 dicas do ex-bolsista do programa Knight de jornalismo internacional, Christopher Conte, que ajudou jornalistas de saúde na Uganda a construir uma vibrante associação que atende a mais de 700 membros.
1. No início: Desenvolva sua rede de contatos. Para construir participação, comece com sua rede pessoal de contatos profissionais. Junte mais nomes de workshops, conferências e outros eventos. Outras associações profissionais, organizações de formação, organizações não-governamentais ou até mesmo empresas privadas também podem sugerir possíveis membros. Certifique-se de incluir não-jornalistas, apesar de que seu foco será jornalistas. Quanto mais você conectar com pesquisadores, profissionais, advogados e funcionários do governo, mais valiosa será sua rede.
2. Proteja sua lista de adesão. Uma boa lista de membros será um dos bens mais valiosos da sua associação. Cultive sua lista continuamente, mas não a compartilhe. Outras organizações irão cobiçá-la. Mesmo que uma organização semelhante peça acesso, recuse educadamente e ofereça contactar os seus membros em nome da organização. Sua capacidade de atingir um grupo de alta qualidade de jornalistas é a vantagem mais importante que você tem para estimular outras organizações a trabalhar com você.
3. Ofereça programas imediatamente. Comece a oferecer programas o mais rápido possível. No mundo em desenvolvimento, oportunistas às vezes estabelecem organizações que parecem boas no papel, mas são apenas destinadas a atrair dinheiro. Workshops são uma excelente maneira de educar seus membros e elevar o perfil público de sua organização; escolha temas de interesse geral amplo para atrair uma melhor cobertura da mídia e um bom público. Boletins e sites também são boas ferramentas educacionais e ajudam a criar uma boa reputação.
4. Tenha os papeis legais em ordem. Certifique-se que sua associação preenche todos os requisitos legais para operar. No mínimo, você provavelmente terá que registrá-la em uma agência governamental. Também deverá adotar uma constituição ou regimento interno explicando como a organização será conduzida. Isto deve ser publicado e ter o entendimento de seus membros entendê-la. Você também terá que identificar os oficiais, estabelecer regras para fundos de gastos e contratações, e cumprir com as várias exigências dos relatórios financeiros.
5. Sirva a sua rede de membros. Uma associação existe para servir os seus membros e não as pessoas que a lideram. A constituição ou estatuto social deverá garantir que a sua associação terá uma vida independente de seus fundadores ou de quaisquer líderes particulares. Os membros devem reunir-se periodicamente para definir políticas e eleger um conselho de administração para termos específicos. Antes de realizar eleições, estabeleça uma política de associação que define quem é elegível para votar. Se você quiser que sua associação sirva jornalistas, o voto deve ser limitado a jornalistas que trabalham na profissão. Uma solução é criar diferentes categorias de membros; não-jornalistas podem ser autorizados a participar nas reuniões mas sem direito a voto, por exemplo.
6. Defina seu conselho administrativo. Os membros do conselho, que se reúnem regularmente para realizar políticas em nome dos membros, não devem receber qualquer pagamento da associação -- somente uma compensação pelo tempo gasto e despesas. Isso garante que eles ajam nos melhores interesses da organização, livre de conflitos e com transparência. Os estatutos devem explicitar os objetivos, propósitos e políticas da organização o mais detalhadamente possível. Os membros do conselho devem ser limitados a termos fixos.
7. Assegure a manutenção de rotina. Uma associação precisa de um escritório, ou secretariado, para realizar atividades diárias tais como manutenção do site, fornecer serviços aos membros e ajudar a garantir que os membros recebam benefícios tangíveis. O escritório deve ser liderada por um executivo ou diretor executivo. Se houver fundos, o diretor-executivo deve dispor de pessoal para lidar com a comunicação, questões internas e angariação de fundos.
8. Cresça seus recursos. Os membros podem ajudar a planejar e participar de workshops, publicações para contribuir e unir-se a listas de discussão ou grupos de bate-papo que a associação estabelecer e moderar. A associação deve coletar e distribuir histórias que seus membros escrevem. Pode criar uma seção do site para publicar seus currículos e portfólios. Lembre-se de enfatizar os benefícios profissionais em todos os momentos.
9. Defina uma política financeira. Idealmente, a sua associação deve cobrar taxas de adesão. Quando os membros pagam, eles se tornam mais exigentes. Isso ajuda a garantir que sua associação continue a ser ágil e transparente. Infelizmente, às vezes até mesmo taxas modestas podem desencorajar potenciais membros. Você terá que avaliar se os benefícios em cobrar adesão excedem a perda potencial de alguns membros.
10. Escolha bons parceiros. No início, a energia e o comprometimento de voluntários podem sustentar a organização. Mas quando sua associação estabelecer uma reputação, podem surgir parceiros. O melhor tipo de ajuda é certamente verbas de dinheiro. Pesquise e concorra a subsídios sempre que possível. Para o longo prazo não dependa somente de subsídios. Apoio pode vir de organizações ansiosas em trabalhar com você para promover causas e interesses específicos. Estes podem produzir renda e bons programas, mas tenha cuidado: Você deve manter a independência jornalística e integridade da associação. Isto é muito importante: Se perder a sua independência, perde a lealdade de seus membros.
Foto: Christopher Conte com jornalistas em Uganda.
Christopher Conte é um consultor de Washington que passou três anos como bolsista do programa Knight em Uganda. Ele ajudou a organizar o Uganda Health Communication Alliance, uma associação de 700 jornalistas e especialistas em saúde. O resultado foi uma cobertura mais informada e de maior qualidade de questões de saúde vitais por organizações de notícias de todo o país. Antes de se tornar bolsista Knight em 2008, ele trabalhou como repórter e editor do Wall Street Journal.