Um novo projeto de jornalismo de dados espera mapear os hotspots da floresta amazônica, verificando o desenvolvimento, desmatamento e incêndios florestais.
Lançado no Rio +20, a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, o InfoAmazonia é um mapa interativo, fácil de usar, oferecido em três idiomas: espanhol, inglês e português -- com informações atualizadas sobre o ecossistema mais intacto do mundo. Mapas dispõem de dados e notícias recentes, que podem ser contribuídos pelos leitores. Dados sobre o site também estão disponíveis para download, podendo ser uma ferramenta de pesquisa interessante.
"Apesar do importante papel que a floresta desempenha na saúde da América do Sul e do ambiente global, existe pouca informação disponível sobre as ameaças à sobrevivência da região", disse Gustavo Faleiros, editor da agência brasileira de notícias ambientais, O Eco, criador do InfoAmazonia e bolsista do Knight International Journalism Fellowship Program.
Durante um seminário do lançamento, Faleiros falou a 30 jornalistas sobre os dados, fotos e mapas na plataforma. Os participantes também aprenderam a categorizar artigos geograficamente ("geo-tag"), usando planilhas como o Google Fusion Tables, e aplicativos de dados, como o Google Terra e o MapBox, um produto do Development Seed para contar histórias. Ao combinar os dados, fotos de satélite, mapas e gráficos, o projeto pretende dar às pessoas uma informação melhor sobre o que está acontecendo no terreno.
Faleiros passou três meses desenvolvendo o projeto durante a bolsa. O InfoAmazonia começou como uma parceria entre a agência O Eco e a Internews, com o apoio da Climate and Development Knowledge Network. A plataforma do mapa e o sistema de publicação foram concebidos pelo Development Seed.
Ele espera que os dados serjam atualizados com frequência por jornalistas, ONGs e cidadãos, tornando-se um registro visual e gráfico do desenvolvimento, desmatamento, incêndios florestais, mineração e outras ameaças à floresta tropical.
"O objetivo: [é] parar e até mesmo reverter os danos ambientais a este precioso recurso natural", disse Faleiros.
Via ICFJ