Um desafio importante para os jornalistas de saúde médica é converter a linguagem (jargão) científica e médica em palavras cotidianas e fáceis de entender. Poucos leitores, espectadores ou ouvintes vão se dar ao trabalho de recorrer a um dicionário para decifrar os termos técnicos; vão simplesmente “desconectar-se” e buscar outra coisa mais fácil de assimilar.
Todos queremos que nosso trabalho seja entendido, mas repórteres demais salpicam suas matérias com terminologia que confunde. Algumas vezes isto acontece para impressionar, mas na maioria dos casos significa que o jornalista não tem certeza do significado. Não há razão para ter vergonha de pedir à fonte que explique o que queria dizer em linguagem simples. Não hesite em dizer: “Desculpe, não entendi muito bem o que quis dizer. Podemos revisar novamente o que disse para termos certeza de que está claro?” Ou você pode repetir o que entendeu para a fonte. Se entendeu errado, a fonte deve corrigir. Alguns jargões não podem ser evitados. Um termo pode ter um significado especial ou ser de uso tão comum que o jornalista não tem outra alternativa a não ser usá-lo. Neste caso, o termo tem que ser definido.
O melhor amigo do jornalista nestas circunstâncias é um glossário de termos ou um dicionário médico. À medida que vão sendo incorporados novos termos --como, por exemplo, o H5N1 para a gripe aviária—acrescente-os a sua lista. Pode ser muito útil criar seu próprio guia de referências, anotando e guardando definições de termos técnicos que podem ser inseridos em artigos futuros; um glossário pessoal que lhe economizasse tempo e esforço.
** Esta informação é da Fundação Reuters e o artigo original está em inglês.