Cobertura de Saúde Pública – Desenvolvendo boas fontes…

Oct 30, 2018 em Temas especializados

Na cobertura de temas médicos e de saúde pública é indispensável ter uma lista de especialistas. Os jornalistas que cobrem temas complexos e técnicos muitas vezes têm que consultar um número de fontes bem informadas - algumas para fornecer citações, outras para obter explicações, conselhos e esclarecimentos. Leva tempo acumular uma lista deste tipo. Uma boa forma de começar é "pedindo emprestado" as fontes de colegas. Preste atenção em quem está sendo citado em jornais, revistas, Internet, rádio e TV ou boletins de informação, e anote estes nomes como possíveis contatos. Crie uma rede de fontes, pedindo aos contatos para lhe recomendar outros especialistas.

Normalmente os centros acadêmicos podem sugerir pesquisadores renomados. Os funcionários de governo, legisladores, organizações sem fins lucrativos e organizações especializadas também podem referí-lo a boas fontes.

Contar com boas fontes é imprescindível; cultíve-as. Não desperdice seu tempo se aproximando de uma fonte despreparada. Ao mesmo tempo, não as busque só quando precisa de algo, mas sim tenha o hábito de trocar informação. Em geral, os jornalistas são os primeiros a saber sobre uma possível descoberta ou outro tema de interesse. Por isso, divida a informação com suas melhores fontes. Ao longo prazo, este intercâmbio pode valer a pena, por exemplo, gerando dicas para você.

Por outro lado, se uma fonte resulta em não ser confiável, não conte mais com ela. Sua reputação também está em jogo.

Outro segredo para manter boas fontes é tratá-las com imparcialidade. Isto não só é ético, mas também de seu interesse. Não se engane nas citações ou distorça o que disseram. Seja sempre cortês, inclusive se suas perguntas são duras. Entre em um acordo com a fonte sobre as regras da entrevista: por exemplo, se será gravada ou se suas frases serão atribuídas como fonte anônima. Deixe claro se o entrevistado poderá ou não ler a matéria antes de ser publicada (em geral isto não é desejável, mas quando se trata de temas complexos pode ser uma boa ideia para se assegurar de que tudo está correto).

** Esta informação é a Fundação Reuters e o artigo original está em inglês.