7 estatísticas sobre dispositivos móveis que devem estimular editoras digitais a ação

por James Breiner
Oct 30, 2018 em Jornalismo digital

Depois de anos de previsões prematuras, finalmente este será o ano da tecnologia móvel. Aqui estão alguns números que devem alertar editores de meios digitais para criar estratégias e agir.

1. O tráfego da Web a partir de dispositivos móveis

O tráfego via dispositivos móveis cresceu 78 por cento ano durante o ano, em relação a meados de 2013, e 109 por cento em relação a 2011, de acordo com Ayaz Nanji em um matéria no Marketing Profs.

Para citar um exemplo de destaque sobre tendência, a ESPN está registando mais do que a metade de seu tráfego de celulares. Para os editores, a mensagem é clara: você precisa de um aplicativo ou versão para dispositivos móveis do seu conteúdo ou o público vai deixá-lo para trás.

2 . Tempo em dispositivos móveis

Em 2013, pela primeira vez, americanos gastaram mais tempo em seus dispositivos móveis todos os dias do que em computadores, de acordo com a eMarketer. A participação da tempo diário gasto com tecnologia móvel, 19,4 por cento, é a única categoria que cresceu no ano passado: televisão, computadores, imprensa e rádio recuaram, o que tem acontecido desde 2010.

3 . Crescimento da receita

A partir do quarto trimestre de 2013, quase metade dos 2,6 bilhões dólares da receita total do Facebook veio de publicidade vendida em dispositivos móveis. O Facebook é a maior rede social do mundo, com meio bilhão de usuários ativos por dia, e já deixou claro que está apostando pesadamente no celular. Por quê? Porque cerca de três quartos dos seus usuários estão lá.

(Se havia alguma dúvida sobre o foco do Facebook no celular, precisamos apenas apontam para os 160 bilhões de dólares que apostou no WhatsApp, um serviço de mensagens móvel, mas isso é outra história.)

Embora o Facebook ainda esteja atrás do Google em publicidade digital total, a rede passou o Yahoo em 2013 para assumir a segunda posição na categoria, em grande parte, impulsionada pelos dispositivos móveis.

4 . Publicidade de marcas

Ouvimos por um longo tempo sobre o declínio da publicidade tradicional na Web (em oposição à propaganda de resposta direta baseada em cliques ou outras ações). O eMarketer estima que este ano a exibição e a receita publicitária vão crescer mais rápido, 19,5 por cento, do que qualquer outro formato digital (pesquisa, geração de leads/vendas, classificados, e-mail e mensagens de celular). Esta é uma boa notícia para os anunciantes que querem fortalecer suas marcas e para os editores que dependem de publicidade high-end, como de negócio a negócio, bens de luxo, automóveis e viagens. É uma má notícia se eles não estão adaptando seu conteúdo para o celular.

5 . Compras via dispositivos móveis

As pessoas estão comprando muito em dispositivos móveis, mesmo items mais caros. A IBM fez um estudo dos hábitos de compra dos consumidores norte-americanos no Black Friday, a sexta-feira de promoção que acontece após dia de Ação de Graças, em 2013. O que descobriram é que os clientes que utilizam o sistema operacional móvel da Apple para tablets e smartphones gastaram $127,92 dólares por encomenda, em comparação com $105,20 dólares por encomenda com dispositivos Android.

Compras feitas através de dispositivos móveis Apple atingiram 18,1 por cento de todas as vendas online --sim, todas as vendas online-- que foi cinco vezes mais do que em Android. A Apple não quis explicar para a IBM a razão do seu domínio nesta área. Mas, evidentemente, a sua interface faz com que seja mais fácil e agradável comprar.

Se você é um editor digital e não tem um formato para dispositivos móveis, pode estar perdendo tráfego, publicidade, assinantes pagos, doadores (para ONGs) e outros clientes que pagam por seus serviços. Então, editores, vocês têm um aplicativo para dispositivos da Apple?

6 . Vídeo móvel

Se você tem um canal de vídeo no YouTube, deve saber que 40 por cento do tráfego do YouTube agora vem a partir de dispositivos móveis, o que subiu em 25 por cento em comparação com o ano anterior, de acordo com um relatório no TechCrunch. Quem publica não faz um monte de dinheiro no YouTube, a menos que consigam garantir um patrocinador para o seu canal de vídeo. Mas, dado o aumento da visualização móvel, pode haver uma oportunidade lá.

(Como ponto de comparação, três quartos da audiência no Twitter e 65 por cento de suas receitas publicitárias vêm do celular.)

7 . Vendas de anúncios diretos

Cerca de 20 por cento de toda a publicidade digital [é vendida de uma máquina para outra] http://www.iab.net/programmatic ), através de anúncios de compra programática, e está crescendo rapidamente, de acordo com o Internet Advertising Bureau. Você consegue falar "desintermediação"? Os publishers estão sendo cortados da relação entre compradores e vendedores de anúncios. Como isso vai afetar a forma como você treina e pagar suas equipes de vendas? O que você está fazendo sobre isso agora?

Comece agora

O que pequenas e grandes editoras digitais devem aprender com esses números é que o público está migrando tão rapidamente para o consumo móvel de notícias e compartilhamento social que precisam tomar uma atitude.

Neste tipo de ambiente que exige mudanças rápidas nas táticas e estratégias, organizações de notícias pequenas que vivem apenas na Web tem uma vantagem. Elas podem se mover mais rápido, sem ter que se preocupar com a geração de receita para despesas tradicionais.

A ascensão do celular e o surgimento de compartilhamento em redes sociais representam uma grande oportunidade para aqueles que estão prontos para isso. E uma enorme perda para aqueles que não estão.

Este post foi publicado originalmente no blog News Entrepreneurs e traduzido pela IJNet com permissão.

James Breiner é consultor em jornalismo online e liderança. Foi co-diretor do Global Business Journalism Program na Universidade Tsinghua e bolsista do programa Knight International Journalism Fellow, tendo lançado e dirigido o Centro de Periodismo Digital na Universidade de Guadalajara. Visite seus sites News Entrepreneurs e Periodismo Emprendedor en Iberoamérica e siga-o no Twitter.

Imagem da Janellie no Flickr