6 erros que jornalistas fazem ao concorrer a cursos e bolsas de estudo

por Maite Fernandez
Oct 30, 2018 em Diversos
pensador

Decidiu que é hora de estudar no exterior, fez a inscrição que para você estava ótima, mas não conseguiu ser selecionado. O que deu errado?

Johanna Carrillo, diretora de programas do Centro Internacional para Jornalistas, participou de um bate-papo e ofereceu dicas sobre como se inscrever para bolsas de estudo e cursos competitivos.

Para Carrillo, estes são os erros mais comuns que jornalistas fazem:

-Concorrer a uma bolsa só para conseguir "algo"

"O erro mais comum é se inscrever a uma bolsa de estudos para a qual você não é o candidato ideal, ou porque não se qualifica ou porque o objetivo da bolsa não se reflete no que o candidato quer alcançar", disse Carrillo. Em sua opinião, muitos jornalistas concorrem a programas que não sabem muito e não se importam o suficiente. Eles se candidatam "apenas pelo desejo de alcançar alguma oportunidade ou capacitar-se com uma bolsa de formação no exterior."

-Inscrever-se no último minuto

Carrillo disse que a inscrição a uma bolsa de estudo não é necessariamente tão complicada, mas não é fácil. "Exige que você gaste tempo para encontrar a bolsa que melhor se adapta aos seus interesses e habilidades e apresentar a melhor oferta possível. As candidaturas definitivamente refletem o nível de esforço do concorrente (...)"

-Apresentar propostas gerais demais

No tipo de bolsa de estudo que exige a apresentação de um projeto, Carrillo também marcou como erro propostas muito gerais que não demonstram o impacto que você pode realizar se for selecionado.

-Apresentar cartas de recomendação muito vagas

Muitas bolsas internacionais pedem a candidatos para apresentar cartas de recomendação, algo não muito comum em muitos países da América Latina. "O erro mais comum é apresentar cartas de recomendação cheias de adjetivos, sem exemplos concretos. É fundamental que a pessoa que escreve a carta esteja familiarizada com o candidato e seja capaz de demonstrar seus talentos e habilidades com exemplos específicos", disse Carrillo.

-Para o jornalista freelance, não poder demonstrar uma continuidade de publicação na mídia

Ser freelancer não necessariamente tira pontos para uma bolsa de estudos, Carrillo disse. "O que pesa mal é não conseguir provar que o seu trabalho é publicado regularmente por um veículo de comunicaçāo. Se você não tem um emprego em tempo integral, deve se concentrar em demonstrar as vantagens, como ter mais liberdade para cobrir determinados temas ou desenvolver determinados projetos", disse ela.

-Ter sido selecionado para outras bolsas pode ser uma desvantagem

Se você já teve a oportunidade de participar em programas competitivos e quer se candidatar a um outro, sua experiência prévia pode funcionar contra você. "Em alguns casos, pode ser uma vantagem, mas se você foi exposto a oportunidades semelhantes repetidamente, isso vai atrapalhar", disse Carrillo. "Muitas vezes nós preferimos dar uma chance a alguém que não teve acesso a essas bolsas ou programas no passado."


Leia o bate-papo completo aqui (em espanhol). Este artigo é a segunda parte de um série.

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Foto cortesia de Alex E. Proimos no Flickr usada com Licença Creative Commons