5 qualidades que editores buscam em jornalistas

por David Brewer
Oct 30, 2018 em Jornalismo básico

Quais são as melhores qualificações para se tornar jornalista?

Depois de ver essa pergunta postada por aspirantes a jornalista no grupo de real journalism no Reddit, eu perguntei aos editores-chefes do grupo do Media Helping Media no LinkedIn qual é a melhor faculdade para uma carreira em jornalismo.

A seguir estão algumas dicas que podem ajudar aqueles começando em uma carreira na mídia.

Experiência de vida, ciências humanas e sociais

professor Eric Loo da Universidade de Wollongong lembrou dos dias quando o ensino médio bastava para entrar no jornalismo. Isso não é mais o caso, ele escreveu.

"Eu buscaria candidatos com um mínimo de experiência de vida, que podem mostrar uma capacidade de olhar para questões locais e do mundo a partir de diferentes perspectivas culturais e políticas. Um diplomado em ciências humanas ou ciências sociais que pode escrever e comunicar com clareza tem preferência sobre um graduado em jornalismo.

Um certificado de ensino médio era suficiente para entrar no jornalismo na minha geração dos anos 70. Aprendemos a fazer reportagens fazendo, andando pelas ruas, batendo de porta em porta. O telefone era a nossa única ferramenta para conectar com a voz humana. Aqueles eram os dias do jornalismo 'sola de sapato'. Ou a gente estava na rua ou no telefone."

Atitude e aptidão são essenciais para todos os jornalistas

Apesar de trabalhar como jornalista durante 37 anos, Harishchandra Bhat disse que ainda está estudando.

"Não é o diploma que conta, mas atitude e aptidão. A pessoa tem que ter senso de proporção, um olho para a notícia e o interesse público em mente. Gente que nunca se formou alcançou grande sucesso na profissão. Jornalistas nascem, não se fazem. "

Conhecimento especializado pode ser realmente útil

Nick Raistrick, diretor de desenvolvimento de mídia da Copa do Leste da África, disse que ter uma especialidade pode ser valioso.

"Ainda acho que é uma carreira profissional e isso depende de que tipo de jornalismo você quer fazer, mas o conhecimento especializado sobre um tema pode ser realmente útil. Escrevi um monte de recursos educacionais, depois de ter ensinado durante anos, por exemplo.

Lembre-se que muitos jornalistas são formados em línguas ou em áreas da humanas, de modo que muitas vezes pode haver uma demanda de pessoas que podem fazer uma boa reportagem de ciências, por exemplo."

História e línguas são importantes

Nick Walshe, consultor de mídia, recomendou aprender uma especialização primeiro e considerar estudar jornalismo mais tarde.

"Para ser um jornalista internacional, faça uma licenciatura em línguas: mandarim, árabe, espanhol, russo, suaíli, francês, todas cobrem uma grande parte do mundo. O ideal é fazer um diploma conjunto em dois idiomas.

"Para ser jornalista no Oriente Médio, e provavelmente em qualquer lugar, estude história. Se você não sabe o que aconteceu antes, não tem como explicar o que está acontecendo agora.

Se você tem dinheiro, termine com um mestrado de um ano focado em jornalismo prático. Você pode aprender jornalismo, depois de ter uma formação básica em outra coisa."

Curiosidade, pensamento crítico e uma fome de notícias

Magda Abu-Fadil, diretora do Media Unlimited, disse que instintos básicos jornalísticos são importantes.

"Muitos jornalistas brilhantes não têm um diploma em jornalismo, comunicação ou mídia. Eu fiz porque eu quis. Mas, como Nick Walshe disse, falar mais de um idioma é imperativo para cobrir assuntos internacionais.

A curiosidade, o pensamento crítico, fome de notícia, um desejo ardente de contar uma boa história, independentemente do meio ou plataforma e uma dedicação à precisão, imparcialidade, equilíbrio e ética seriam um bom começo.

Muito também tem a ver com a experiência. Então, adquirir experiência enquanto vai aprendendo é um valor agregado."

Este artigo foi publicado originalmente no Media Helping Media. Foi traduzido e publicado pela IJNet com permissão. Media Helping Media é um site de capacitação que dispõe de recursos de mídia gratuitos para jornalistas que trabalham em países em transição e pós-conflito e regiões onde a liberdade de imprensa é ameaçada.

Imagem usada com licença CC no Flickr via NS Newsflash.