Além de conhecer o assunto e escrever uma matéria clara e precisa, o jornalista de negócios também deve estar ciente dos potenciais conflitos éticos que podem surgir.
Porque muitas empresas trabalham com um produto ou serviço, é possível que ofereçam presentes ou amostras ao jornalista. Estes presentes devem ser educadamente recusados, incluindo "junkets" -- viagens a países estrangeiros para observar as operações de uma empresa. (Exceção: Uma cortesia muito pequena, tal como uma agenda, uma caneta ou uma xícara de café.) Aceitar presentes ou favores pode criar um conflito de interesses ou a aparência de um conflito, bem como fazer com que o jornalista relute em relatar qualquer coisa negativa sobre o negócio.
Para ajudar a evitar dilemas éticos, crie um "muro" entre publicidade e jornalismo de negócios.
Publicidade: Promove um produto específico, serviço ou empresa; não reconhece rivais, tem como objetivo apresentar apenas uma imagem positiva ao público e não está preocupada com o equilíbrio.
Jornalismo de negócio: Não tem lealdade ou preferência por qualquer fonte, empresa, ou produtos; consulta várias fontes, incluindo rivais, para apresentar contexto e um quadro completo; se esforça para fornecer fatos, sejam eles positivos ou negativos, e tem como objetivo fornecer informação equilibrada para o público,
Discussão sobre ética
A importância da ética na reportagem de finanças pessoais não pode ser suficientemente enfatizada. Jornalistas, de várias maneiras, dizem aos leitores o que fazer com seu dinheiro, e se essas sugestões se baseiam em estratégias que poderiam beneficiar o jornalista pessoalmente, então não é recomendação objetiva.
Toda vez que um jornalista escreve sobre finanças pessoais, deve incluir recomendações de um número de peritos. Pergunte a esses especialistas a desvantagem sobre o que eles estão recomendando. Na verdade, deve ser uma das primeiras perguntas que você deve perguntar. Isso permite ao leitor saber que essas estratégias não estão à prova de falhas. Considere o seguinte e pense sobre como você reagiria:
De dia, um jornalista de um site de finanças pessoais é também membro da associação nacional de jornalistas. Mas ele também é um corretor de imóveis e agente de seguros. Isso é ético? Essa informação deve ser divulgada para os leitores? Isso dá mais discernimento ou potencialmente mais oportunidade para conflitos?
Um corretor de imóveis que forneceu conteúdo para um jornal local é preso por alegadamente envolver imigrantes em um esquema de fraude de hipoteca. Que tipo de divulgação o jornal deve fornecer sobre essa informação? O jornal deve cobrir a notícia? Deve continuar a contar com essa pessoa?
Um colunista de finanças pessoais e comentarista cujo trabalho aparece em jornais e TV de uma rede conhecida é também um corretor licenciado e agente de seguros. Quais são as questões éticas nessa situação? Que informações estes meios de comunicação devem divulgar sobre o colunista?
- Um corretor paga por programas de rádio e TV, cria uma revista e patrocina eventos sobre como comprar e vender imóveis. Especificamente, ele usou o programa de rádio para vender um programa financeiro ilegal. Que tipo de pesquisa a estação de rádio deveria ter feito antes de concordar em transmitir o programa?
Imagem: morguefile.com.
Este artigo faz parte de um curso online do ICFJ Anywhere, que apoia os jornalistas em todo o mundo com treinamento gratuito em uma diversidade de tópicos. Os cursos são oferecidos em uma variedade de idiomas, incluindo inglês, árabe, persa, espanhol, português, turco e francês. Para as últimas novidades sobre os cursos do ICFJ Anywhere, clique aqui.