Dicas de SEO para jornalistas

Автор Jade Drummond
Sep 19, 2021 в Jornalismo digital
SEO escrito em arte

As técnicas de SEO (Search Engine Optimization) envolvem questões técnicas e editoriais que ajudam o conteúdo a ranquear melhor nas ferramentas de busca e ser mais visto. Para os sites jornalísticos, o Google é hoje uma importante fonte de tráfego, principalmente após mudanças significativas nos algoritmos das principais redes sociais, que passaram a priorizar o conteúdo de amigos em detrimento de páginas institucionais. 

Para entender quais são essas técnicas e como aplicar o SEO nas redações, o Fórum de Reportagem sobre a Crise Global de Saúde convidou Daniela Flor, especialista de audiência do Estadão, para o webinar “SEO para jornalistas”. O bate-papo aconteceu em 16 de setembro. Assista o vídeo completo abaixo e leia os principais destaques da conversa:

LINK: https://youtu.be/7T3RE64ng50 

  • Investimento em SEO é uma mudança de mercado: a tendência atual é que veículos generalistas diversifiquem as fontes de tráfego de audiência e, nesse contexto, o Google é uma das mais importantes. Eventuais mudanças de algoritmo na ferramenta não costumam impactar o tamanho do público que usa o Google diariamente. 

 

  • Ponto-chave da estratégia editorial: como eu procuraria esse conteúdo no Google? É importante manter essa pergunta sempre em mente na produção dos textos. Nas redes sociais é comum ocultar alguns detalhes das notícias para gerar curiosidade e clique, mas para SEO é o oposto, o melhor é entregar tudo e, de preferência, no início do texto.  

 

  • Títulos: existem diferentes técnicas, como colocar a palavra-chave mais importante do assunto no início do título e checar se ele cabe inteiro no Google, já que as pessoas clicam menos nas chamadas que terminam em “...”. Às vezes, vale colocar o título em forma de pergunta, mas nem sempre é o ideal, pois depende de como as pessoas buscariam por aquela informação no Google. 

 

  • Use bem o primeiro parágrafo: se a informação buscada está no pé do conteúdo, o Google não vai ranquear a página bem, principalmente em assuntos com ampla cobertura e competitividade. Isso não significa encher o início do texto de palavras-chave, como era feito antigamente nas técnicas de SEO. Os algoritmos atuais privilegiam conteúdo no formato jornalístico. 

 

  • Links e intertítulo: são detalhes muito relevantes. O processo de linkagem para outras reportagens dentro do texto sinaliza para o Google que aquelas matérias também são importantes. Os intertítulos mostram que tem mais conteúdo relevante ao longo do texto.

 

  • Buscas Short-tail ou Long-tail: são as buscas curtas ou longas feitas pelos usuários no Google. Por exemplo: “voto impresso” é short-tail, já “quais países no mundo usam voto impresso” é long-tail. As buscas curtas são mais competitivas, pois são mais amplas, então é interessante focar nas buscas longas e mais específicas para conseguir um bom ranqueamento e ser assertivo, principalmente em veículos menores. 

 

  • Como escolher a melhor palavra-chave para o título: existem ferramentas para encontrar e comparar quais são as palavras-chave mais buscadas sobre determinado assunto. A principal delas é o Google Trends, que possui diversas funcionalidades interessantes e gratuitas. 

 

  • Nem sempre vale a pena editar conteúdos antigos: o Google costuma derrubar o desempenho de conteúdos que ficam velhos. Se for uma matéria fria, que ainda é relevante e o título não está gerando interesse, pode ser interessante editar a chamada. 

 

  • Outras ferramentas além do Google Trends: nem todas são gratuitas. A Semrush é mais focada em marketing, mas possui a função “keyword magic tool” que mostra todas as palavras-chave buscadas sobre um assunto. A Keyword Tool também ajuda na escolha das melhores palavras-chave. A Answer The Public mostra tudo o que aparece na função "autocompletar" do Google sobre determinado tema. O plugin para Wordpress YOAST facilita checar se o tamanho do título está adequado para o buscador. 

 

  • Entenda como as pessoas já te acham no Google: fazendo a conexão do site com o Google Search Console. A ferramenta mostra o que as pessoas que entram no seu site via Google pesquisaram, com dados sobre visualização dos links e de cliques. 

 

  • Como o jornalismo local compete: usando técnicas de SEO local. Atualmente são mais presentes no marketing, mas é possível fazer otimizações técnicas nos sites com marcação de geolocalização no código, por exemplo. Além disso, focar no SEO do seu universo, nas buscas específicas da região.

 

  • Google prioriza sites com bom carregamento: os chamados “Core Web Vitals” são questões técnicas que impactam a experiência do usuário no site. É muito importante para o ranqueamento ter um site rápido, que carrega as coisas em ordem de prioridade correta, entre outros detalhes. 

 

  • Comunicação clara com os editores: o ideal é que todos na redação estejam inseridos na lógica do SEO. Para evitar a edição de detalhes pensados para gerar um bom ranqueamento, é interessante justificar a escolha de títulos e palavras-chave com os dados coletados. De forma geral, os editores valorizam as práticas de SEO quando veem os resultados de audiência. 

 

  • Com poucos recursos, a prioridade de SEO depende de qual é o principal gargalo: o primeiro passo seria avaliar a parte técnica do site, para checar se ele demora muito para carregar ou tem outros problemas sérios. Se o site funciona bem, é preciso fazer testes editoriais e ficar atento aos conteúdos que performam melhor ou pior no Google, seja do próprio veículo ou da concorrência.

Foto: Merakist no Unsplash