Em 2014, enquanto a maioria das editoras tradicionais continuou a sofrer financeiramente, três empresas de mídia digital ganharam muito dinheiro: Vice Media, BuzzFeed e Vox Media.
"Startups são conhecidas por perturbar as mídias tradicionais," escreveu o repórter Dan Primack da revista Fortune.
De um lados, esses "disruptores" cresceram contratando funcionários, mas, de um outro, a redução de pessoal atormentou outros grandes veículos de mídia, incluindo o New York Times, USA Today da Gannett e o Wall Street Journal do Dow Jones.
Com um valor estimado de US$ 2,5 bilhões, o co-fundador do Vice, Shane Smith, insinuou uma eventual oferta pública inicial em uma entrevista com o Financial Times. Se o Vice apresentar um IPO, vai se juntar a empresas de notícias tradicionais, como o New York Times Company, que conta atualmente com um valor de mercado de US$2 bilhões. O Vice e BuzzFeed também continuaram a expandir em todo o mundo [incluindo no Brasil], em vez de fechar agências e escritórios internacionais.
Embora a Vox ainda não tenha manifestado interesse em expandir internacionalmente, a forma como está crescendo a sua marca é algo para ficar de olho em 2015. Já vale US$380 milhões -- US$130.000 a mais do que Jeff Bezos gastou para comprar o Washington Post em 2013.
Em entrevista à Fortune, Zach Kaplan, vice-presidente da General Atlantic, que estará entre o conselho de diretores da Vox, disse que não poderia pensar em "uma empresa de jornalismo original que veio a público na última década", mas a "atual safra (Vox, Vice, Buzzfeed, etc.) está prestes a mudar isso."
Imagem principal no Flickr sob licença CC de Andrew Magill