Os principais jornalistas investigativos de todo o mundo recentemente compartilharam suas dicas de reportagem com os participantes da Conferência Global de Jornalismo Investigativo (GIJC, em inglês) 2013, no Rio de Janeiro.
"Na minha experiência, a principal coisa que você precisa para uma carreira bem sucedida no jornalismo investigativo não é um monte de equipamento técnico e não é poder gastar muito dinheiro", disse David Leigh, ex-editor executivo de investigações do jornal The Guardian. "É ter a mentalidade certa."
Leigh falou durante o evento de quatro dias, que ofereceu mais de 100 paineis, oficinas e seminários. A Global Investigative Journalism Network organizou e patrocinou a conferência em parceria com organizações nacionais.
Os painelistas exploraram a ampla variedade de temas, de crime organizado a indústria alimentar global, que jornalistas devem investigar.
"Jogue-se numa grande história," disse Fiona MacLeod, uma jornalista ambiental e editora do Oxpeckers Center for Investigative Environmental Journalists na África do Sul. "Só porque é uma história ambiental ou uma história de ciências não significa que tem que ser chata."
Os painelistas também enfatizaram que é fundamental para os repórteres terem acesso a registros.
"Documentos, documentos, documentos", disse Charles Lewis, fundador do Center for Public Integrity. "Os registros são o alicerce de todo grande jornalismo."
O jornalista guatemalteco Juan Luis Font disse que os jornalistas investigativos precisam, acima de tudo, ter a capacidade de sair da mentalidade de grupo.
"Quando todo mundo vai a um lugar, tente olhar para o outro lado", ele disse.
Para mais dicas, assista a este vídeo (em inglês) produzido por Yolaan Begbie e Ryan Patch da IACC Young Journalists Initiative, uma rede que cobre a corrupção em todo o mundo.
GIJC 2013 - Top Tips for Investigative Journalists da 15 IACC no Vimeo.