Para os jornalistas que trabalham como freelancers na Líbia, encontrar maneiras de apurar as notícias de maneira ética, profissional, enquanto permanecem seguros tornou-se cada vez mais difícil desde a derrubada do ditador Muammar Gaddafi em 2011.
"Desde então, os jornalistas cada vez mais são pegos no fogo cruzado entre dois lados opostos", escreveu o Comitê para a Proteção dos Jornalistas. "Dezenas de jornalistas foram sequestrados e capturados, e alguns foram mortos."
Para ajudar freelancers a lidar com esses desafios, o Rory Peck Trust lançou recentemente o guia Freelancing in Libya . O conjunto de recursos faz parte de um projeto de dois anos que busca reforçar a competência e segurança de jornalistas independentes que trabalham na Líbia, e recebe apoio do Fundo de Democracia das Nações Unidas.
O recurso gratuito abrange muitas áreas de jornalismo freelance, incluindo segurança e ética na missão; negociação, taxas e despesas; redes de proteção locais e internacionais e mais. Muitos de suas páginas de dicas contêm conselhos para trabalhar dentro do ambiente de mídia da Líbia, que foi classificada como o número 154 de 180 países no ranking de liberdade de imprensa dos Repórteres Sem Fronteiras em 2015.
O kit de ferramentas não é reservado exclusivamente para os jornalistas na Líbia, no entanto; freelancers em qualquer país com um ambiente de mídia difícil provavelmente podem encontrar dicas e ferramentas úteis dentro dele, disse Annika Savill, chefe do Fundo para a Democracia da ONU, em um comunicado.
"Os assassinatos dos jornalistas freelancers James Foley e Steven Sotloff e as crescentes restrições da mídia em uma série de países tornam ainda mais relevante e importante o trabalho, coragem e segurança dos jornalistas independentes em todo o mundo", disse ela.
O manual de recursos pode ser acessado aqui (em inglês).
Imagem sob licença CC no Flickr via Magharebia.