Uma associação de repórteres africanos publicou uma matéria que investigou a corrupção entre profissionais das ligas de futebol africana. O objetivo do artigo é terminar a investigação de um jornalista camaronês que foi atacado depois de cobrir os assuntos financeiros de um presidente de futebol. De acordo com a organização, o Forum for African Investigative Reporters (FAIR), o artigo busca mostrar que “você pode parar um jornalista, mas não pode matar uma história".
O informe “Killing Soccer in Africa” (em tradução livre, "Matando o Futebol na África") é a primeira investigação africana ligada à Global Investigative Journalism Network para ser realizada em nome de um repórter machucado. O informe se concentra em oito países e conclui que o futebol africano não pode ser significamente competitivo enquanto os administradores não se responsabilizam pela gestão ruim.
Nos Camarões, por exemplo, o Parlamento apropriou cerca de US$24,1 millhões para renovação de seus estádios de futebol -- que não levou em nada até agora. Na Costa do Marfim, oficiais do futebol rotineiramente fazem dinheiro com a venda de bilhetes fraudulentos e contratos que nunca se materializam. Até na Nigéria, onde jogadores talentosos usam a fama para melhorar suas comunidades, clubes de futebol acessam apenas 10 por cendo dos US$7 milhões doados anualmente pelos patrocinadores.
Em 2008, depois do ataque ao jornalista camaronês Phillippe Boney, o grupo de defesa da liberdade de imprensa Committee to Protect Journalists pediu às autoridades para “fazer uma investigação compreensiva e levar os responsáveis à justiça dentro da lei".
Ao concluir o trabalho de Boney, o FAIR provou que enquanto há corrupção nas ligas de futebol africano, haverá repórteres dispostos a porem suas vidas em risco para expor o problema.