Como a fronteira EUA-México continua a aparecer com destaque em notícias nacionais e internacionais, muitos jornalistas estão procurando maneiras de entender melhor as complexidades da situação.
Jason Buch, bolsista do programa Reporting the Border do ICFJ, e Jorge Luis Sierra, diretor do Border Center for Journalists and Bloggers, lideraram um workshop na Conferência Latino-Americana de Jornalismo Investigativo, realizada na Cidade do México em novembro, sobre alguns dos recursos que eles usam para investigar tópicos na fronteira.
Aqui estão alguns recursos e dicas que os dois compartilharam:
Se você está tentando entender melhor o que está acontecendo na fronteira em geral:
Ferramentas:
- O Departamento de Transporte dos EUA tem dados e gráficos sobre todas as passagens de fronteira de 1994 até os dias atuais (há um atraso de seis meses no carregamento dos dados), completo com bancos de dados para download.
- O atlas de vigilância da Electronic Frontier Foundation é um guia de referência rápida sobre a tecnologia usada para monitorar as passagens de fronteira, bem como o órgão federal, município e jurisdição que o utiliza.
Se você estiver procurando por pessoas:
Ferramentas:
- Pipl é um banco de dados online que permite procurar pessoas globalmente. O banco de dados possui taxas mensais que variam de US$99 por mês a US$299 por mês e variam de acordo com o número de pesquisas por usuário. As pesquisas podem fornecer informações como números de telefone, perfis de mídia social e outras informações que apareceriam em uma verificação de antecedentes.
- O LexisNexis é outra maneira de pesquisar pessoas em todo o mundo, com custo entre US$109 e US$154 por mês. Usando o site, os usuários podem procurar documentos legais e registros públicos.
Dicas profissionais:
- Essas ferramentas são precisas e até o menor erro pode inviabilizar a pesquisa. Ao pesquisar indivíduos de origem hispânica, por exemplo, certifique-se de usar os sobrenomes completos,
- Pesquise artigos de notícias para verificar duas vezes o nome completo de quem você está investigando. Verifique se o nome que você está pesquisando não está escrito incorretamente e se os sobrenomes não são invertidos ou hifenizados.
Se você está procurando pessoas que podem ter sido condenadas por crimes nos EUA:
Ferramentas:
- Pacer fornece acesso público a registros eletrônicos, baixáveis em tribunais. Os registros judiciais normalmente custam US$0,10 por página, embora existam várias outras limitações com base no tamanho do documento, no número de pesquisas e no tipo de caso. Mais informações podem ser encontradas no site do Pacer.
- Os sites dos Tribunais Distritais dos EUA têm bancos de dados pesquisáveis por estado, local e/ou número do caso, que possuem registros que podem ser baixados por uma taxa que varia de acordo com o estado.
- O Court listener é um banco de dados gratuito de documentos judiciais baixados anteriormente, mas a pesquisa é limitada a documentos enviados por outras pessoas.
Dicas profissionais:
- Os tribunais locais podem ter uma documentação mais extensa de processos criminais do que os tribunais federais, e a verificação das jurisdições locais pode produzir melhores resultados.
- Os registros judiciais geralmente apresentam erros de ortografia e nomes escritos incorretamente; portanto, mantenha sua pesquisa ampla (e vaga) ao procurar um documento específico.
Se você estiver procurando por empresas:
Ferramentas:
- Os sites da Secretaria de Estado, no estado em que você está investigando, têm bancos de dados públicos gratuitos de licenças comerciais registradas.
- O Open Corporates é o maior banco de dados online de empresas internacionais, com opções de pesquisa paga e gratuita.
- O Contratobook é um recurso pesquisável para contratos federais no México, disponíveis gratuitamente.
Dicas profissionais:
- Se as informações não estiverem disponíveis online, podem estar disponíveis pessoalmente, na Secretaria de Estado de um estado ou equivalente.
- Pesquise parentes e contatos próximos que possam estar envolvidos em um negócio. As empresas podem ser registradas através de terceiros para minimizar o conhecimento público do proprietário.
Imagem sob licença CC no Unsplash via Barbara Zandoval