A nova plataforma Hyperaudio faz exatamente o que seu nome sugere: torna o áudio hiperativo. Pega frases que você seleciona da transcrição de sua entrevista e corresponde ao conteúdo de vídeo ou áudio da entrevista. Assim, o repórter trabalhando com duas ou mais mídias --imprensa e vídeo, por exemplo-- pode manipular o material em todas as plataformas com a facilidade de copiar e colar.
A velocidade e a transparência com que o Hyperaudio permite que jornalistas publiquem transcrições de suas entrevistas também pode ajudar a indústria como um todo a responder melhor a acusações de parcialidade e de escolher frases fora de contexto das entrevistas.
"Os jornalistas podem se beneficiar muito em publicar uma transcrição com o conteúdo de seu áudio/vídeo. Torna-se mais visível, pesquisável e geralmente mais fácil de dar uma olhada geral", Mark Boas, um dos fundadores do Hyperaudio disse à IJNet.
Boas, que apresentou o Hyperaudio durante uma sessão da Media Party do Hacks/Hackers Buenos Aires, diz que a plataforma pode ajudar o jornalista a identificar a linguagem pertinente a um determinado período de tempo e, em seguida, colocar isso em contexto. O Hyperaudio facilita a busca por palavras ou frases repetidas, permitindo que expressões utilizadas com frequência se destaquem. O Hyperaudio "realmente permite analisar a linguagem utilizada pelas pessoas", diz ele.
Mas onde o Hyperaudio realmente brilha é como editor de vídeo. O programa permite que você corte e combine diferentes arquivos de vídeo sem ter que arduamente corresponder cada corte à transcrição do clipe. Em vez disso, o texto relevante da transcrição segue o videoclipe para sua nova localização dentro do arquivo.
Também permite ao jornalista adicionar legendas em vários idiomas, títulos, música e outros efeitos. O conteúdo da plataforma de fácil utilização pode ser incorporado em sites externos.
O Hyperaudio permite que você veja quantas vezes usuários clicaram em uma determinada palavra ou compartilharam frases específicas, oferecendo interatividade de leitor, o que Boas acredita vai incentivar os veículos de comunicação a tornar mais transcrições disponíveis ao público.
_Imagem principal cortesia de Sergiu Bacioiu no Flickr sob licença Creative Commons._
Foto de Mark Boas cortesia de Robert Nyman no Flickr sob licença Creative Commons