Pitch Me quer facilitar a relação entre editor e repórter autônomo

por Margaret Looney
Oct 30, 2018 em Diversos

Você achou uma história incrível e está pronto para vender sua ideia, mas enviar e-mails para um monte de editores, discutir os termos e esperar semanas para receber o pagamento acaba com sua motivação.

É por isso que o jornalista freelancer Kabir Chibber criou a plataforma Pitch Me, onde freelancers podem fazer de tudo, desde propor ideias de pauta, negociar com os editores e ser pagos na hora certa.

Todo o processo ocorre na plataforma --ideias de pauta, mensagens, assinatura do contrato e pagamento-- formando um "catálogo de sua conversa inteira em um só lugar."

Este "mercado de pautas para jornalistas" permite que freelancers apresentem rapidamente uma ideia de pauta para os editores que assinam o site. Editores de publicações como as revistas da Conde Nast, BBC Future, Monocle, e Atavist ) são assinantes. Os editores podem filtrar as ideias, encomendando as que gostam. Editores e freelancers podem elaborar um contrato diretamente no site, e a Pitch Me também atua como um mediador para o pagamento.

Depois de anos de freelancer para a BBC, o New York Times e outras organizações de notícias, as frustrações de Chibber com o "absurdo" mercado freelance o levou a procurar outro método.

"Havia atrasos com as despesas, atrasos com o feedback, e eu achei que tinha que haver uma maneira muito mais lógica de fazer jornalismo freelance", disse ele.

Freelancers podem lançar ideias, sem qualquer custo, mas quando o escritor e editor decidirem os termos, o escritor deve pagar uma taxa fixa de US$15 e 3 por cento da comissão para o site. Freelancers recebem metade do dinheiro na hora do acordo e a metade restante cerca de uma semana após a versão final ser apresentada (ou 50 por cento desse valor se a história não funciona).

Os editores também podem solicitar um certo tipo de matéria, então freelancers podem lançar suas propostas diretamente em resposta a estes pedidos, um método que recentemente garantiu o primeiro artigo encomendado do site. No entanto, Chibber disse que freelancers não podem propor pautas diretamente para editores que não colocaram um anúncio, porque eles não querem que os editores sejam incomodados.

"Nós não queremos criar essa funcionalidade de um lidando diretamente com o outro, porque imita muito [muitas] das falhas do trabalho no mundo real."

Chibber disse que espera que a Pitch Me possa ser mais do que apenas um facilitador entre as publicações existentes e freelancers. Ele gostaria de possibilitar que os usuários criassem sua própria publicação de artigos como freelancer.

"Você pode configurar sua própria revista em Cingapura e encomendar artigos de todos através do site no mundo todo..."

Apenas os editores podem ler a proposta completa de puta, de modo que não há necessidade de se preocupar que outro escritor roube com sua ideia. Freelancers e editores podem "curtir" uma ideia de pauta, e os escritores recebem notificações de e-mail quando alguém "curte" ou lê sua proposta.

O site ainda está aberto somente para convidados. Chibber verifica os freelancers, mas "meu negócio não é excluir as pessoas", disse ele.

"É uma questão de deixar entrar primeiro as pessoas que irão se beneficiar ao máximo", explicou. "Um estudante que ainda está na universidade não está talvez tão pronto para fazer freelance e oferecer pautas como alguém que vem fazendo isso há anos."

Chibber está esperando abrir o site para todos os freelancers em setembro. Até então, ele vai reformular o site, fazendo com que o banco de dados se torne pesquisável, permitindo a edição em tempo real dos contratos, oferecendo páginas de perfil personalizadas e brincando com a ideia de oferecer serviços de tradução para freelancers por uma taxa de inscrição.

Imagem da página do pitchme.org.

Margaret Looney escreve matérias e posts sobre as últimas novidades na mídia, ferramentas de reportagem e recursos de jornalismo.