Desde 2012, a Media Party acontece em Buenos Aires. O evento, organizado pelo Hacks/Hackers Buenos Aires, atrai jornalistas de todo o mundo para workshops, palestras e sessões sobre as últimas tendências do jornalismo.
Nos anos anteriores, as conversas giraram em torno do YouTube, notícias falsas, realidade virtual e sustentabilidade financeira. Este ano, quando mais de 1.400 jornalistas se reuniram de 22 a 24 de agosto, eles discutiram tudo, desde robôs e inteligência artificial até emoji de mate, que serão lançados em breve.
Aqui estão algumas das principais conclusões do Media Party 2018:
Ferramentas para visualizar dados
Os Panama Papers são um lembrete do poder dos dados para revelar a corrupção, derrubar políticos e mudar a percepção de um país no cenário mundial. No mais recente exemplo desse poder, repórteres na Argentina receberam um conjunto de cadernos que indicavam subornos concedidos por Cristina Kirchner durante seu tempo como presidente. Eles transformaram a enorme quantidade de informações nos cadernos em uma reportagem coesa para o público, que contribuiu para uma onda de prisões relacionadas à corrupção.
Como os dados continuam a desempenhar um papel crítico nas reportagens e investigações, os palestrantes da Media Party destacaram algumas ferramentas que tornam a visualização de dados mais acessíveis aos jornalistas:
Google Flourish: Vá além dos gráficos simples e gráficos de linha com este software que pode criar representações visuais animadas de grandes quantidades de dados.
Data Studio: Este software de visualização de dados baseado em nuvem (atualmente em beta) compete com o Tableau, que é mais caro. Ele se conecta diretamente às outras plataformas do Google, o que o torna uma excelente opção para jornalistas que já usam o software do Google.
Kepler.gl: Esta é a resposta do Uber ao mapeamento geoespacial que empresta camadas do Photoshop e tem a capacidade de animar o movimento ao longo do tempo.
Engajamento de comunidade é a nova norma
Não é mais suficiente para o jornalista publicar um único artigo e ir embora esperando que o público leia o que escreveu. Em vez disso, deve estar constantemente pensando e interagindo com seu público, criando uma experiência de usuário única e divertida.
Este novo modelo é visível através do Verificado do México, que fornece verificação de fatos em tempo real durante as eleições presidenciais em seu grupo WhatsApp, ou através do uso de chatbots de Quartz para ajudar seu público a fazer pão. A experiência do usuário está se tornando uma parte essencial da mídia.
A apresentação da informação está mudando com as gerações mais jovens
Novos formatos podem irritar as gerações mais velhas, que preferem mídias mais tradicionais, mas novos meios de comunicação, como LatFem e TKM, têm como alvo a geração do milênio com uma mídia acessível e interessante para o público mais jovem. Eles usam GIFs, vídeos curtos, memes e histórias pessoais para apresentar informações, sem sacrificar a qualidade do conteúdo.
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Imagem do site da Media Party 2018