Nos EUA: Redações de TV aumentaram e jornais encolheram em 2011

por Steve Myers
Oct 30, 2018 em Diversos

A equipe de telejornais subiu 4,3 por cento nos Estados Unidos em 2011, o segundo nível mais alto na história, de acordo com um novo estudo da Radio Television Digital News Association e da Universidade Hofstra. Embora o número total de empregados na indústria, 27.653, seja inferior ao que era em 2000, a equipe de uma estação média é maior hoje, porque há menos estações de notícias que em 2000.

As estações restantes vão a toda velocidade, acrescentando uma hora de noticiário desde 2009, segundo David Bauder da AP. Uma estação de TV média agora produz cinco horas e meia de notícias.

"O que isso significa que é a TV local, em sua maior parte, vê cada vez mais o noticiário local como seu futuro", disse Bob Papper, o professor da Hofstra que fez o estudo, a Bauder. O repórter observou:

Para algumas estações americanas, a propaganda política é um fator em tornar o noticiário de TV uma mercadoria mais atraente. Anúncios políticos estão quase todos concentrados em noticiários locais, e quanto mais noticiário é oferecido, maior a chance de vender anúncios. Para as estações em estados considerados campos de batalha na eleição presidencial, a política representa uma boa oportunidade de renda, Papper disse.

A situação não poderia ser mais diferente na indústria de jornal, onde equipes de funcionários e o número de páginas continuam a encolher. O número de funcionários nos jornais é o mais baixo desde que a Sociedade Americana de Editores de Notícias (ASNE, em inglês) iniciou seu censo anual em 1978. Vários jornais anunciaram planos de interromper a publicação em determinados dias. Ainda assim, a indústria do jornal contou com 40.600 funcionários da redação na última pesquisa, muito mais que as estações de televisão.

As emissoras de TV geralmente contratam para posições de trabalho tradicionais -- repórteres, produtores, fotógrafos e âncoras -- mas estão também à procura de jornalistas multimídia e equipe para a Web.

As principais categorias de trabalho para os novos contratados são:

  • Produtores
  • Repórteres
  • Web
  • Âncoras
  • Fotógrafos
  • Jornalistas multimídia
  • Editor de fita
  • Previsão do tempo, produtores associados / assistentes de notícias e produtor executivo

Outras conclusões do estudo:

  • O emprego médio "disparou" nos 25 principais mercados e subiu nos mercados menores. Mas caiu nos mercados médios.
  • A contratação foi particularmente forte nas estações no sul dos EUA.
  • A maioria dos diretores de notícias espera que o número de funcionários permaneça o mesmo ou cresça este ano, enquanto que os diretores de notícias no centro-oeste são menos otimistas.
  • O orçamento foi o mesmo ou maior que no ano anterior em cerca de três quartos das estações (divididos quase igualmente entre os dois).
  • 59 por cento das estações disse fazer dinheiro com notícias de TV, o nível mais alto desde 1998.

Para ler o artigo original (em inglês), clique aqui.

O artigo foi publicado pela primeira vez no Poynter Online, parceiro da IJNet e o site do Poynter Institute, uma escola que serve o jornalismo e a democracia há mais de 35 anos. O Poynter oferece notícias e treinamento para qualquer agenda, com orientação individual, seminários presenciais, cursos online, webinários e muito mais. O artigo é traduzido pela IJNet com permissão.

Foto usada com licença CC, cortesia do littlepixer no Flickr