Mulheres na Índia usam serviço de notícias móvel para reportar incidentes de estupro

por Margaret Looney
Oct 30, 2018 em Diversidade e Inclusão

Um serviço de tecnologia para indianos em regiões rurais informarem sobre suas comunidades dá voz às vítimas de estupro em um país onde o crime é muitas vezes varrido para debaixo do tapete.

As mulheres estão relatando incidentes de estupro, outras formas de agressão sexual e assédio sexual através do CGNet Swara. A plataforma de jornalismo comunitário permite que pessoas tribais no estado central indiano de Chhattisgarh utilizem seus celulares para registrar relatos.

O público indiano ainda está se recuperando do estupro coletivo e morte de uma mulher de 23 anos de idade, em dezembro do ano passado. Casos de estupro "ainda não são divulgados pela mídia e levados à justiça", escreveu Elizabeth Segran no Global Post. Vítimas de estupro raramente conseguem justiça em tribunais da Índia.

Mas, em Chhattisgarh, os relatos no Swara CGnet estão levando as autoridades a tomar medidas. Em agosto, três homens acusados ​​de estuprar uma mulher tribal foram presos depois que o jornalista cidadão Prakash Gupta fez um relato para o CGNet Swara.

O CGNet Swara recebe cerca de 400 relatos por dia que cobrem tudo, desde política local a questões ambientais. Mulheres apresentam cerca de 30 por cento dos relatos.

No mês passado, o fundador do CGNet Swara, Shubhranshu Choudhary realizou uma oficina de capacitação para mulheres sobre a forma de utilizar a plataforma.

"Todas elas são de famílias pobres, das castas mais baixas, de áreas rurais", disse Choudhary. Ainda assim, elas são claras e ousadas em sua documentação de assédio sexual, estupro e outras questões, disse ele.

Choudhary fundou o CGNet Swara como parte de sua bolsa do Knight International Journalism Fellowship em 2010.

Via Global Post

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Margaret Looney, ex-diretora da IJNet, escreve sobre as últimas tendências de mídia, ferramentas de reportagem e recursos de jornalismo.