Matando a notícia: Histórias deixam de ser contadas em meio a mortes de jornalistas latino-americanos

por Tyler Bridges
Oct 30, 2018 em Temas especializados

Desde janeiro, nove jornalistas mexicanos foram assassinados e outros oito foram sequestrados e continuam desaparecidos, num total de 17 mortos e desaparecidos durante o ano. Nenhum dos casos foram resolvidos em um país onde traficantes rivais matam uns aos outros em batalhas por territórios, assassinam policiais e políticos, e se envolvem em tiroteios sangrentos com as tropas do governo enviadas para restaurar a ordem. Só nos últimos cinco anos, a violência relacionada ao narcotráfico custou a vida de dezenas de milhares de cidadãos mexicanos e um número estimado de 61 jornalistas.

Intimidados, e por boas razões, muitos jornais em todo o México pararam cobrir a violência das drogas, exceto por publicações de comunicados de imprensa oficiais. Jornais e emissoras de TV em Ciudad Juárez e outras cidades na fronteira dos Estados Unidos se retiraram totalmente. Eles simplesmente não publicam tiroteios relacionados com drogas que deixam a polícia, traficantes e cidadãos comuns mortos nas ruas. Publicam algumas histórias exigidas pela narcos, como são chamados em espanhol.

Leia a análise completa (em inglês ou espanhol) do Project Against Impunity, um dos maiores programas da Sociedade Interamericana de Imprensa, um grupo de editores de jornais latino-americanos baseado em Miami.