Com a cobertura da mídia oscilando de acordo com o contexto geográfico e político, resumos de imprensa são muitas vezes utilizados como uma imagem cultural instantânea de notícias globais. Mas esses comentários não conseguem fornecer a visão mais precisa da opinião nacional, disse Stephen Ennis, analista de mídia russa da BBC Monitoring.
No blog de jornalismo da BBC, Ennis discutiu as desvantagens do uso de resumos de imprensa para avaliar as atitudes do público em países onde a liberdade de imprensa é limitada. O caso em questão foi a cobertura feita pela mídia russa do massacre na cidade síria de Houla.
"A televisão russa minimizou a importância da tragédia e tentou culpar as forças anti-Al Assad. Esse foi o ângulo fundamental para a história na Rússia," disse Ennis.
As reportagens nos três principais canais de televisão controlados pelo Estado (Rossiya 1, Canal Um e NTV) são geralmente construídas ao gosto das autoridades nacionais, ele explicou.
Ele também afirmou que os jornais russos, como o Kommersant cobriu a história "de uma forma semelhante à maioria dos meios de comunicação ocidentais", mas que a maior parte dos consumidores de notícias russos obtém informações pela televisão -- 5 a 10 milhões, em comparação com 2 a 3 milhões que leem o jornal mais popular, Komsomolskaya Pravda.
"A maioria dos jornais russos é lida por bem menos de 1 por cento da população adulta," disse Ennis.
Compare isso com o resumo mais equilibrado do banho de sangue pela BBC, que levou em conta meios de comunicação no Oriente Médio, Rússia, China e França.
O que você acha: Os resumos de imprensa informam de maneira ética sobre eventos internacionais?
Via BBC College of Journalism Blog
Imagem: Morguefile