A cada mês, a IJNet apresenta um jornalista internacional que exemplifica a profissão e usa o site para promover sua carreira. Se você gostaria de ser apresentado ou quer nomear uma pessoa, envie um e-mail com uma curta biografia (menos de 150 palavras) e um parágrafo sobre como usa os recursos da IJNet até 30 de janeiro aqui.
A jornalista deste mês, Susana Vanessa Landívar Moreira, é repórter no Equador, onde se especializa em saúde e ciência. Ela tem usado a IJNet para encontrar oportunidades de formação e recursos para melhorar sua carreira.
Através da IJNet, Landívar ficou sabendo da oficina Ealy de jornalismo científico na Universidade da Califórnia - San Diego e participou de um seminário no Panamá organizado pelo Programa Ambiental das Nações Unidas.
IJNet: Onde trabalha atualmente e onde já trabalhou?
Susana Landívar: Eu ganhei o meu diploma de jornalismo em 2008 na Universidad Laica de Guayaquil, mas a minha carreira começou em 2004 como revisora de uma revista política. Em 2005 entrei para o jornal El Universo para fazer parte do Diario Súper. Desde então, sou editora da seção 'Mi Familia' e também coordeno a revista semanal Mujer.
IJNet: Como a IJNet lhe ajudou?
SL: Graças à IJNet, em maio de 2011, li sobre o workshop Ealy de jornalismo de ciência da Universidade da Califórnia - San Diego. Eu me inscrevi e fui selecionada entre 177 candidatos.
Eu também apliquei para assistir a uma seminário sobre gestão sustentável da água e dos recursos costeiros no Panamá, organizado pelo Programa Ambiental das Nações Unidas. Também fui selecionada.
Fico feliz de ter recebido treinamento fora do meu país; eu aprendi ferramentas inestimáveis para meu trabalho e encontrei outros repórteres também da América Latina.
IJNet: Como você tem ideias de pauta?
SL: Tiro ideias de pauta da minha própria experiência pessoal, porque escrevo sobre saúde e todas as pessoas e famílias têm problemas de saúde. (Também encontro histórias) de meus amigos, parentes e colegas, que me pedem para escrever sobre certas patologias ou problemas emocionais que eles ou suas famílias estão sofrendo.
(Também tenho ideias) do que os leitores nos perguntam e, claro, nos concentramos em questões atuais. Por exemplo, o recente surto de sarampo na América nos levou a preparar uma série de histórias sobre como prevenir esta doença.
IJNet: Qual é o seu maior orgulho no trabalho até agora?
SL: Acho que o meu melhores artigos (que eu me lembro) foram sobre diabetes tipo 2, que recebeu da Merck, Sharp e Dohme farmacêuticas prêmio de jornalismo de saúde; uma história sobre pensão alimentícia para filhos de pais divorciados; outra sobre o HIV... que tratou da importância da adesão do paciente ao tratamento. (Essas matérias estão disponíveis apenas em versão impressa.)
Lembro-me dessas reportagens, porque cada um tem uma história por trás dela... ou porque a ideia surgiu por de uma forma particular. Acho que esses são os temas que lhe trazem mais perto das pessoas e que as pessoas querem ler.
IJNet: Que programas ou cursos de jornalismo que achou mais útil?
SL: Eu assisti a dois workshops internacionais, graças à IJNet. A oficina de jornalismo científico me serivu como uma luva, porque lidou com o que eu escrevia sobre todos os dias. Isso me incentivou muito e me fez mais confiante na minha reportagem.
O outro curso sobre jornalismo ambiental aumentou a minha curiosidade sobre as questões ambientais. Ambos têm me enriquecido como profissional.
IJNet: Que conselho você daria a quem aspira ser jornalista?
SL: Eu humildemente digo ao jornalista jovem para estar preparado, ler muito e sobre qualquer assunto. Você nunca sabe o assunto ou história que estará cobrindo a cada dia, e deve ter algumas informações de fundo para fazer perguntas e escrever sobre ele. (Ler) também enriquece seu vocabulário, dá ideias para histórias futuras, abre sua imaginação e criatividade. E é um ótimo remédio.