A cada mês, a IJNet apresenta um jornalista internacional que exemplifica a profissão e usa o site para promover sua carreira. Se você gostaria de ser apresentado, envie um e-mail com uma curta biografia e um parágrafo sobre como usa os recursos da IJNet aqui.
A jornalista do mês, Amie Ferris-Rotman, já fez reportagens em 10 países. Sua carreira começou em 2005, como repórter de negócios em Londres, sua cidade natal. Um ano depois, ela se juntou à agência Reuters, onde se tornou repórter de energia e correspondente de política no bureau de Moscou e correspondente sênior no Afeganistão. Entre suas reportagen estão cobertura de guerras, a insurgência islâmica da Rússia e direitos das mulheres no Paquistão.
Através da IJNet, Ferris-Rotman descobriu o programa John S. Knight Journalism Fellowship na Universidade de Stanford. Ela se inscreveu e conseguiu uma bolsa em 2014, durante a qual ela "está criando redes sustentáveis, treinamento e mentoria para mulheres repórteres afegãs, resultando na publicação de seus trabalhos em veículos de alcance global."
IJNet: Como a IJNet lhe ajudou?
A IJNet é o site que visito quando preciso de uma noção do que é tendência e o que está acontecendo no mundo do jornalismo internacional. É, sem comparação, o mais completo site que encontrei para ofertas de trabalho globais e oportunidades de formação. Isto é especialmente importante agora, pois me encontro em um ambiente estranho, longe das reportagens, pesquisando para o meu projeto na Universidade de Stanford, onde estou à procura de potenciais colaboradores e parceiros.
Eu também não estaria onde estou sem a IJNet, literalmente. Descobri sobre o John S. Knight Journalism Fellowship na IJNet e também descobriu um programa menos conhecido e mais curto, o Kiplinger fellowship, do qual participei, em abril do ano passado.
IJNet: Como você tem ideias de pauta?
Eu farejo. Sou uma pessoa naturalmente curiosa, mas descobri que quanto mais eu leio, converso e ouço os que me rodeiam, mais histórias encontro.
IJNet: Qual foi seu melhor trabalho até agora?
Tenho muito orgulho de uma reportagem especial que escrevi sobre a devastadora dependência de heroína na Rússia e a subsequente crise do HIV/Aids. Também sou particularmente apaixonada por uma matéria que escrevi sobre mulheres viciadas no Afeganistão. Ao contrário dos homens na mesma situação, ser mulher e viciada em ópio no Afeganistão significa menos possibilidades de buscar ajuda e tratamento.
IJNet: Que conselho você daria a quem aspira ser jornalista?
Torne-se uma pessoa polivalente. Concorde em fazer reportagens que normalmente não iria fazer e cubra histórias que você não acha interessante. Ao se forçar a encontrar seus ângulos, você vai aguçar a arte de contar histórias.
Imagem: Amie Ferris-Rotman em Candahar, Afeganistão, em 2011