A cada mês, a IJNet apresenta um jornalista internacional que exemplifica a profissão e usa o site para promover sua carreira. Se você gostaria de ser apresentado ou quer nomear uma pessoa, envie um e-mail com uma curta biografia (menos de 150 palavras) e um parágrafo sobre como usa os recursos da IJNet aqui.
O jornalista do mês, Carlos Barahona Uribe da Colômbia, descreve a si mesmo como um "verdadeiro defensor do conceito da IJNet de fornecer a jornalistas oportunidades de educação e aperfeiçoamento."
Barahona Uribe é editor de mídia social, estudante de pós-graduação em comunicação empresarial e política na Espanha e freelancer para o Infosurhoy. Através da IJNet, ele descobriu um curso de finanças online e, como um dos participantes de destaque, foi selecionado para participar de um programa de treinamento presencial em Nova York.
IJNet: Como a IJNet lhe ajudou?
Carlos Barahona Uribe: Através da IJNet, descobri o Centro Internacional para Jornalistas que ofereceu um curso de finanças pessoais para jornalistas latino-americanos que vivem nos EUA. Eu nunca feito um curso online antes, então estava cheio de expectativas. Quando o curso deslanchou, comecei a ver a competição saudável entre os participantes e pensei, "Eu preciso acelerar e fazer o meu melhor para estar pelo menos entre os cinco primeiros da classe."
Felizmente, eu fiquei entre os cinco primeiros da classe, então pude ir para Nova York, onde conheci os outros participantes e aprendemos com as melhores empresas que lidam com finanças pessoais diariamente. Desde essa experiência, eu tenho sido um visitante regular da IJNet. Nunca antes vi uma oferta de oportunidades para jornalistas como na IJNet.
IJNet: Como você tem ideias de pauta?
CBU: Principalmente, minhas matérias vêm da rua, de pessoas que têm uma história diferente para contar, temas que podem ser estranhos, mas que no final se tornam realmente interessantes e populares. Gosto de escrever sobre histórias de vida, auto-aperfeiçoamento e personagens que estão mudando a dinâmica da sociedade. Todo mundo tem que trazer algo diferente para a mesa, porque se todos nós concentramos em escrever artigos sobre os mesmos tópicos vai ser muito chato.
IJNet: Qual é o seu maior orgulho no trabalho até agora?
CBU: Vou sempre lembrar um artigo que escrevi em Cuba em 2008 ... vendi ao meu editor a ideia de escrever um artigo sobre a cultura do heavy metal em um país conhecido por suas raízes de salsa e tropicais. Era uma história verdadeiramente underground e no começo foi difícil escrever, porque minhas fontes desapareceram quando desembarquei em Havana. Perguntei em todos os lugares, andei pela cidade dia e noite, e tinha apenas cinco dias concedidos para a viagem.
Após o terceiro dia, peguei um táxi ao acaso e, sem esperar nada, perguntei ao motorista onde eu poderia encontrar músicos de heavy metal na ilha. Por sorte o motorista me disse: "Eu tenho o lugar para você, meu amigo, espere." Em um momento qu nem no filme "Velozes e Furiosos", o motorista levou sete minutos para chegar a uma casa velha onde o heavy metal totalmente interrompia a sensação de salsa da ilha. Naquela noite, passei um dos melhores momentos entrevistando pessoas, tirando fotos como um louco, passeando pela cidade com eles. No final, meu editor ficou tão satisfeito que colocou a história na capa da próxima edição da revista.
IJNet: Que conselho você daria a quem aspira ser jornalista?
CBU: É difícil de dizer "seja original" em um mundo onde a troca de ideias, a velocidade da informação e a competição são mais difíceis a cada dia... Se você é realmente apaixonado por jornalismo, essa carreira pode levá-lo a qualquer lugar e sou prova viva disso. Eu comecei a trabalhar debaixo e às vezes caio de novo, mas desistir nunca será uma escolha... As chaves do jornalismo são paciência, perseverança, e, o mais importante, uma fome saudável e ética de sucesso.