Quando você está na rua filmando em zonas de alto risco, muitas vezes não pode se dar ao luxo de voltar para fazer uma segunda tomada. E quando está com pressa para por vídeos jornalísticos na Web, podem acontecer erros.
É por isso que o arquivamento da filmagem deve ser uma preocupação elementar de um jornalista de vídeo assim que a câmera for ligada. A organização sem fins lucrativos Witness criou um guia para simplificar essa tarefa vital.
Disponível em árabe, inglês e espanhol sob uma licença Creative Commons, o guia oferece um fluxo de trabalho de oito passos para a "gestão, preservação e autenticação do vídeo digital", da criação à catalogação e o compartilhamento.
O guia também inclui um conjunto de recursos, incluindo os conceitos-chave, glossário de termos, listas de dicas e conselhos sobre como usar vídeos como prova.
A Witness promove os direitos humanos através de narrativas de vídeo há 20 anos. A organização criou o guia de arquivamento após ouvir inúmeros relatos de documentaristas que perderam filmagens insubstituíveis.
"Criamos este guia porque ouvimos frequentemente de ativistas e outras organizações que gerir seus vídeos está entre os desafios mais difíceis", escreveu a arquivista Yvonne Ng neste post. "Enquanto muitos de nós tomamos muito cuidado para captar eventos importantes que vão se desenrolando, ou para entrevistar sobreviventes de abusos dos direitos humanos, muitas vezes não temos nenhum plano para ter certeza que as gravações vão ficar segurar e utilizáveis até mesmo em um curto período de tempo."
Confira o guia aqui ou acesse uma versão em PDF aqui. Para ver os outros guias para narrativas de vídeo da Witness, clique aqui.
Margaret Looney, assistente editorial da IJNet, escreve sobre as últimas tendências de mídia, ferramentas de reportagem e recursos de jornalismo.
Imagem sob licença CC no Flickr via U.S. Pacific Air Forces