Enquanto o verão no hemisfério norte vai chegando ao fim, a Europa continua a receber uma migração humana sem precedentes. Centenas de milhares de refugiados e migrantes de países devastados pela guerra, como a Síria e o Afeganistão, têm contribuído para o maior deslocamento populacional visto desde a Segunda Guerra Mundial.
A agência de refugiados das Nações Unidas, a ACNUR, reporta que mais de 380.000 migrantes e refugiados atravessaram o Mar Mediterrâneo para chegar às costas europeias, só em 2015. Até agora, 50 por cento dos migrantes e refugiados que chegam estão vindo da Síria. Durante esta viagem, refugiados e migrantes muitas vezes caem em condições perigosas, que resultaram em 2.800 mortes durante a crise até agora. (Para saber mais sobre a crise atual, dê uma olhada nesta explicação da Vox sobre o êxodo dos sírios.)
Com o número crescente de refugiados e migrantes fazendo a perigosa viagem através da península dos Balcãs para a Alemanha e outros países do norte da Europa, várias organizações de notícias enviaram jornalistas para o epicentro da crise para obter uma cobertura de 360 graus. Aqui está um panorama de como quatro jornalistas documentam a crise nas redes sociais usando imagens, texto e vídeo:
Matthew Cassel, VICE News, Al Jazeera @matthewcassel
Jornalista multimídia e cineasta, Matthew Cassel viajou para Gevgelija, Macedônia e Budapeste, Hungria, para ver em primeira mão a experiência dos refugiados. Seu trabalho inclui um curta para Al Jazeera que narra o trabalho diário de Gabriela Andreevska, uma ativista macedônia que fornece alimentos, roupas e informação aos refugiados e migrantes cansados, no lugar da assistência do governo. Para VICE News, Cassel também cobriu a viagem de trem dos refugiados da Hungria para a Áustria, conversando diretamente com os refugiados sobre suas experiências nos centros de detenção na Hungria.
(Centenas de na maioria sírios esperando para embarcar o trem em direção à Áustria na estação Keleti em Budapeste agora)
Griff Witte, Washington Post @griffwitte
Além de cobrir a viagem dos refugiados para a Europa Ocidental em artigos tradicionais para o Washington Post, Witte também está tuitando imagens e vídeos da fronteira Sérvia-Húngara. Nesta passagem de fronteira, escoltas policiais e cercas de arame farpado ficam no caminho de muitas pessoas que tentam atravessar para a Hungria a pé.
(Ondas sem fim de refugiados cruzando da Sérvia para a Hungria ao longo da trilho de trem em desuso)
Anemona Hartocollis, New York Times @anemonanyc
O New York Times tem uma equipe de jornalistas que cobre a crise de refugiados, mas o trabalho da repórter Anemona Hartocollis se destaca. Hartocollis documenta as imagens e sons da longa viagem dos imigrantes para a Europa Ocidental com Reporter's Notebook do New York Times. Com várias novas atualizações a cada dia, os leitores têm um acesso quase em primeira mão à vida cotidiana dos migrantes. O trabalho de Hartocollis refina com sucesso a multidão aparentemente interminável de migrantes e refugiados em retratos de pessoas reais, cada uma com suas próprias esperanças e lutas.
(Guarda pesado na estação #Keleti em #Budapeste para prevenir que migrantes viagem Europa adentro)
Eleanor Beardsley, NPR @elbeardsley
Além de suas transmissões de rádio regulares, Beardsley atualiza regularmente sua conta no Instagram com imagens das estações de trem de Budapeste e Viena, Áustria. Estas estações, onde muitos migrantes e refugiados aguardam trens para levá-los para o oeste, tornaram-se alguns dos cruxes mais conhecidos da crise -- e fotos de Beardsley ilustram como é a vida para os refugiados presos dentro das estações de trem.
(Esta mãe cansada é de Raqa, Síria. Você consegue imaginar sua cidade natal sendo tomada pelo ISIS?)
Você conhece outros jornalistas que estão reportando sobre a crise de refugiados na Europa nas redes sociais? Então envie um tuite para @ijnet.
Imagem sob licença CC no Flickr via Josh Zakary