China se esforça para influenciar a mídia na América Latina, África e sudeste da Ásia

por Dana Liebelson
Oct 30, 2018 em Jornalismo básico

A China está usando diplomacia para ajudar governos autoritários a expandir o controle dos meios de comunicação na América Latina, África e sudeste asiático, disse um relatório do Center for International Media Assistance (CIMA).

Segundo o relatório, chamado "Winds of Change", o governo chinês está usando sua mídia para formar alianças antiocidentais e demonstrar os benefícios de um relacionamento pró-China para os países que ainda mantém relações diplomáticas com Taiwan.

O governo chinês afirma que Taiwan é parte inalienável da China e ignora o movimento para a soberania de Taiwan. A controvérsia depende em grande parte se a comunidade internacional aceita a reivindicação de Taiwan como Estado legítimo. Mais da metade dos países que reconhecem Taiwan estão na América Latina, e quatro estão na África Subsaariana.

A China está realizando esforços diplomáticos de uma variedade de maneiras. No sudeste da Ásia, o governo fornece conteúdo de mídia, integrando a perspectiva da China nas notícias diárias através de memorandos de entendimento.

Na América Latina, a China está apoiando a aliança do presidente venezuelano, Hugo Chávez. A Venezuela comprou recentemente um satélite de telecomunicações da China, e o governo tem proporcionado conteúdo de mídia em toda esta região.

Na África, a China não só tem feito investimentos significativos em infraestrutura de mídia, mas tem enfatizado em fornecer conteúdos relacionados com a África para instituições de mídia subdesenvolvidas

Internamente, a China também criou programas de formação para jornalistas estrangeiros e realizou uma significativa expansão dos meios de comunicação nacionais, incluindo a agência de notícias Xinhua News.

John Pomfret do Washington Post disse no relatório, "Os chineses querem mudar a forma como as pessoas pensam sobre eles. Eles acreditam que não recebem um tratamento justo na mídia ocidental ... eles querem criar conglomerados de mídia internacional para competir com a Thomson-Reuters, BBC e AP. "

Para ler o relatório completo, clique aqui (em inglês).