Para os jornalistas de vídeo, a tecnologia de realidade virtual (VR, em inglês) não é nova, sendo tema de conversa desde os anos 90. Mas recentemente houve uma onda mais forte, pois grandes empresas fizeram o salto e começaram a abraçar a tecnologia.
Plataformas populares como o YouTube e o Facebook criaram habilidades de visualização 360°. Google Cardboard tornou-se mais amplamente disponível e são muito mais baratos do que os óculos de realidade virtual. Com a realidade virtual ganhando força, organizações de notícias como o New York Times e Huffington Post começaram a olhar para ela.
Storyhunter, uma plataforma que conecta mais de 15.000 profissionais de vídeo com empresas que precisam de seus serviços, viu esta oportunidade e decidiu oferecer serviços de realidade virtual e 360° em seu site. Videomakers podem agora oferecer produção de vídeo 360° para empresas e clientes através do Storyhunter.
A empresa vai ainda mais longe e está publicando conteúdo, em seu blog ou em guias online, para ajudar videomakers a adicionar esta nova técnica às suas qualificações.
"Nós estamos encorajando todos em nossa rede para começar a experimentar, conhecer as ferramentas, ver como storytelling será no futuro e realmente moldá-lo", disse Jaron Gilinsky, fundador e CEO da Storyhunter.
Embora Gilinksy disse que acredita que ainda estamos no início da realidade virtual, ele acha que é necessário para jornalistas de vídeo estarem prontos.
"Eu acho que é algo que os jornalistas de vídeo devem começar a experimentar e brincar se podem acessar algum equipamento barato de realidade virtual", disse ele.
No entanto, a produção de conteúdo VR de alta qualidade requer investimentos pesados em ambos equipamentos e pós-produção que muitos jornalistas não podem pagar por conta própria. É por isso que o Storyhunter oferece orientação sobre a produção de realidade virtual a baixo custo.
Os melhores filmes de realidade virtual que estão sendo feitos no momento exigem grandes equipes de produção, mas Gilinsky afirmou que quando a tecnologia melhorar, será mais fácil para jornalistas de vídeo produzirem trabalho de alta qualidade por conta própria.
"É como nos primeiros dias do jornalismo de mochila de vídeo", disse ele. "As pessoas diziam 'Ah, isso é loucura, como você vai filmar, produzir e editar sozinho?' Mas nós provamos que é possível. Eu acho que o mesmo vai ser verdade para a realidade virtual."
Até agora, Storyhunter tem visto menos demanda de realidade virtual de grandes empresas por causa do atual tamanho limitado da audiência. No entanto, ele disse que o interesse em realidade virtual e vídeos de 360° por parte de organizações de notícias está crescendo. Através de sua plataforma, editores estão solicitando vídeos 360°. O New York Times trabalhou com Pedro Simão de Miranda, um jornalista de vídeo no Storyhunter, para cobertura de vídeo de 360° em Bruxelas, após os ataques terroristas de março de 2016.
Gilinsky disse que acredita fortemente em realidade virtual e vídeo de 360° como o futuro do jornalismo de vídeo.
"É o meio mais poderoso que jamais existiu para contar histórias", disse ele. "A natureza imersiva disso é algo que vai levar a uma empatia extraordinária do público."
Divulgação completa: Eu tenho um perfil no Storyhunter.
Imagem principal sob licença CC no Flickr via Maurizio Pesce